Teatro de Contêiner apresenta duas alternativas para evitar despejo
Projetos desenham construção de torre de habitação e praça pública
Os representantes do Teatro de Contêiner, espaço sociocultural na Rua dos Gusmões, apresentaram para a gestão municipal duas propostas alternativas para a permanência dele na Luz. No último dia 28, a Cia Mungunzá de Teatro, mantenedora do local, recebeu uma ordem extrajudicial da Prefeitura de São Paulo para a desocupação até esta terça-feira (10). A justificativa do município foi a construção de um hub de moradia social.
Para evitar a mudança, o Contêiner realizou uma reunião com um grupo de arquitetos para desenhar projetos que permitam o múltiplo uso do espaço, que fica no perímetro da antiga Cracolândia. A primeira proposta desenha a ocupação de todo o quarteirão, pertencente ao município, com uma praça pública, composta por playground e quadra, além do teatro.
Uma segunda alternativa, prevê a construção de uma torre de habitação além da praça e, claro, manutenção do espaço teatral. “Ficaríamos responsáveis pela zeladoria da praça. É possível que nesse mesmo lote tenha tudo isso, essas propostas são justamente para o poder público entender que quando pensamos em habitação também precisamos pensar em lazer e cultura”, afirma Marcos Felipe, artista da Cia. Mungunzá.
As lideranças do teatro aguardam a manifestação da prefeitura da cidade para convocar uma reunião sobre as alternativas. Em comunicado, a gestão reafirmou que ofereceu um terreno na Liberdade para a mudança do Teatro de Contêiner com o dobro da área atual e um aporte financeiro no valor de 2,5 milhões de reais. “As intervenções terão início nos próximos dias com uma série de ações realizadas pela Prefeitura em parceria com o Governo do Estado. O espaço terá quadra esportiva, brinquedos, gramado e área de descanso. Também está prevista a construção de duas torres de apartamentos, num projeto entre COHAB e CDHU”, informaram.
