Três apresentações para quem fica em São Paulo no feriado
Orkestra Rumpilezz, Ney Matogrosso e Adriana Calcanhotto estão na programação
Criado em 2006 pelo percussionista e saxofonista Letieres Leite, o grupo baiano Orkestra Rumpilezz possui vinte integrantes e toca música instrumental afro-brasileira. O nome foi inspirado nos três atabaques do candomblé (Ru, Rumpi e Le) e o “z” duplo corresponde ao jazz — incorporado nas improvisações e na formação de big band. Cada composição se baseia no som de um orixá. Ao popularizar ritmos exclusivos de rituais, o conjunto mostra um resultado surpreendente. Executada a partir do toque vassi, usado para chamar divindades, “A Grande Mãe” abre e fecha o espetáculo e é uma maneira de desejar boa sorte.
Nos 70 anos, Ney Matogrosso está em plena forma, como é possível notar nos espetáculos e na sua atuação no filme “Luz nas Trevas — A Volta do Bandido da Luz Vermelha”, em cartaz na cidade. Ele já pensa em um novo álbum com músicas de jovens compositores, mas, por enquanto, segue com a turnê do CD “Beijo Bandido Ao Vivo” (2011). O intérprete surge compenetrado em cena e deixa a voz fluir límpida. Entre as pérolas, encontram-se “Medo de Amar” (Vinicius de Moraes) e “Mulher sem Razão” (Cazuza, Dé Palmeira e Bebel Gilberto).
Nos últimos anos, a cantora e compositora gaúcha Adriana Calcanhotto focou-se, sobretudo, em seu projeto infantil, no qual se apresenta sob o heterônimo Adriana Partimpim. Em março, ela lançou o álbum “O Micróbio do Samba”, destinado ao público adulto e baseado exclusivamente nas batucadas. Agora, Adriana aparece com o DVD desse trabalho. Acompanhada por um trio, a intérprete diverte-se no palco ao usar instrumentos alternativos, como um secador de cabelos e uma caixinha de fósforos. Espere por “Esses Moços” (Lupicínio Rodrigues) e “Argumento” (Paulinho da Viola).