As férias são uma ótima oportunidade para recarregar o convívio com a família. E, para isso, não é preciso inventar uma programação com cinema, teatro e entretenimento o tempo todo. “É bom para ficar com os filhos só por ficar, sem necessariamente ter que fazer algo, obrigações ou agendas”, afirma a pedagoga Rosa Muniz.
Os pais podem aproveitar esse tempo para brincar também. “Aqui, nós gostamos de fazer bolo, lamber a tigela da massa, comer juntos. Os amiguinhos vêm em casa brincar”, comenta a veterinária Ana Carla Basílio Ferro, 35 anos, mãe de Rafael, 8, e Ester, 3.
Rosa indica atividades simples e dinâmicas para melhorar a conexão com as crianças. “Toda brincadeira aproxima, mas algumas delas são muito mecânicas, não demandam interação. As brincadeiras mais ativas, que desenvolvem o lúdico, ampliam infinitamente essa relação entre adultos e crianças”, comenta. Bons exemplos de atividades desse tipo são roda, esconde-esconde, soltar pipa, caça ao tesouro, construir castelos de areia.
Por uma vida mais natural
As férias também podem ser interessantes para estimular ainda mais a relação com a natureza. “Tendemos a falar da natureza como algo externo, esquecendo que nós somos parte, e ela é essencial à saúde. A natureza ajuda a repor as energias, a organizar a mente”, afirma Rosa. Para ela, esse é um dos motivos que devem fazer os pais levarem as crianças a parques e praias, principalmente nas férias. “Quando a criança vê o quanto é bom se perceber como parte do verde ou do mar, assimila a relação de respeito com o meio ambiente e com o real valor das coisas”, completa.
A praia oferece uma oportunidade de contato profundo com a natureza. Ana Carla aproveita para fazer várias atividades na areia com a família: jogar frescobol, futebol, brincar com baldinhos e pazinhas.
Cuidado redobrado no litoral
Rosa explica que é importante procurar um lugar onde a criança possa ter um pouco de autonomia e segurança. Ana Carla mantém os olhos nos filhos, acompanhando-os sempre na água e tomando outros cuidados para que as férias sejam perfeitas. “Cuido da alimentação e da hidratação, com água e sucos. E eles são muito branquinhos, então passo protetor solar de hora em hora, coloco chapéu e roupinha com proteção”, conta.
S.O.S. criançada – Férias seguras na praia
- Não deixe crianças sozinhas sem a presença de um adulto responsável
- Identifique nas proximidades a existência de salva-vidas e permaneça próximo a ele
- Observe se há sinalização de que a área é própria para banho ou não
- Tome cuidado ao caminhar sobre as superfícies rochosas e escorregadias
- Instrua a criança sobre o perigo de ficar desacompanhada ou entrar em águas mais profundas
- Use boias e coletes salva-vidas quando estiver em praias, rios, lagos ou praticando esportes aquáticos; crianças com menos de 4 anos devem sempre usar coletes salva-vidas
- Apenas 30 centímetros de água são suficientes para afogar uma criança. Então, cuidado; para entrar no mar, mesmo que seja com a água na altura dos joelhos, só com a supervisão integral de um adulto
- Coloque uma pulseira de identificação, para caso de a criança se perder
- Crianças sempre protegidas com filtro solar em todo o corpo e com chapéu e roupa. Melhor o sol da manhã, antes das 10 horas
- Não deixe a criança dormir ao sol
- Dê líquidos à criança várias vezes ao dia
- Mantenha a criança em ambientes ventilados e evite multidões
Fonte: Corpo de Bombeiros
Clássicos do verão infantil – Sem ideias para brincar com as crianças? Relembre brincadeiras que não saem de moda
Pipa – este brinquedo nasceu na China antiga como sinalização militar. Parte da brincadeira está na elaboração dela, com papel, varetas, cola, linha e plástico ou papel para a rabiola
Taco – parece um jogo de beisebol, com dois times de duas pessoas, rebatedores e lançadores. À frente das bases, ficam os rebatedores e, atrás do limite das bases, os lançadores. Os lançadores devem tentar derrubar a base oposta com a bolinha, enquanto os rebatedores devem defender a base com o taco. Se o rebatedor acertar a bola, o lançador que a jogou deverá correr para pegá-la. Enquanto isso, os rebatedores correm entre as bases e batem os tacos quando se cruzam. Cada batida vale um ponto. Também conhecido por bets ou bats
Frescobol – em toda praia, sempre tem alguém jogando esse “tênis” sem rede, com raquetes de madeira e bolinha de borracha. O esporte, que nasceu de maneira despretensiosa nas areias do Rio de Janeiro há mais de 68 anos, já conta com atletas profissionais e um campeonato brasileiro
Tererê – quem nunca voltou da temporada na praia com esse adereço na cabeça que atire a primeira bola de areia. Feito de linhas coloridas e penduricalhos, o acessório faz muito sucesso, principalmente entre as meninas. Mantenha o acessório sempre limpo, livre do cloro e do sal, e seco
Tatuagem de henna – a tradição milenar virou uma febre que pegou os turistas em Goa, na Índia, nos anos 1990, e se espalhou pelas praias do mundo todo. Só é preciso certificar-se de que a pessoa que vai receber o desenho na pele não tem alergia ao produto