Apaixonados por pudim de leite
No divertido desenho animado Ratatouille, o crítico de restaurantes Anton Ego revela que os sabores que definiram seu paladar são os pratos preparados por sua mãe quando ele era criança. O título do filme, que tem como personagem principal um ratinho-cozinheiro, é a receita favorita de Ego. Mas, afinal, o que isso tem a ver com pudim […]
No divertido desenho animado Ratatouille, o crítico de restaurantes Anton Ego revela que os sabores que definiram seu paladar são os pratos preparados por sua mãe quando ele era criança. O título do filme, que tem como personagem principal um ratinho-cozinheiro, é a receita favorita de Ego.
Mas, afinal, o que isso tem a ver com pudim de leite? Muito!
Na primeira das várias visitas que fiz ao restaurante Dalva e Dito neste ano, me chamou a atenção uma anotação feita por Alex Atala no menu de sobremesas. Lá, o pudim de leite é “generoso, porque tenho um trauma de infância”. Guloso assumido, ele admite que pudim tem gosto de quero mais. Por isso, o chef mais premiado e inventivo da cidade, também fiel à sua memória afetiva, prepara um delicioso pudinzão num prato fundo cheio de calda dourada e enfeitado com fios de caramelo. “Pesa 300 gramas”, diz Atala. “É do tamanho queria comer quando era moleque.”
Como sou fã do doce, desde então passei a pedir pudim de leite em muitos dos restaurantes que visitei na cidade. Foram trinta. O último deles foi ontem mesmo no almoço servido na Cervejaria Nacional, em Pinheiros. Já alimentava a ideia de fazer um post sobre o assunto quando, por coincidência, VEJA SÃO PAULO realizou uma pesquisa inédita com seus leitores para saber as preferências dos paulistanos ao saírem para comer. E não deu outra: o pudim de leite foi eleito o favorito com 27% dos votos.
+ Leia a pesquisa completa sobre as preferências dos paulistanos à mesa
Na minha peregrinação atrás da guloseima, não preocupei se eram de leite apenas, como fazem o franceses – o crème caramel – ou em versão nacionalizada com leite condensado. Provei e selecionei os melhores que, para mim, não podem ter furinhos, devem apresentar textura sedosa e ser banhados por uma calda brilhante, nem rala, nem espessa demais.
Encontrar bons pudins em restaurantes de almoço, cantinas e pizzarias é tarefa fácil. O mais surpreendente foi provar uma versão formidável num dos mais tradicionais japoneses da cidade, o Shin-Zushi, no Paraíso. Outra surpresa é o pudim com doce de leite no lugar do leite condensado da churrascaria Pobre Juan. Fica com uma textura incrível.
Confira os dez melhores pudins que provei em ordem alfabética:
AK Vila
Bravo! Pizza Bar
Bráz
Dalva e Dito
La Arena Parrilla
Pobre Juan
Shin-Zushi
Sinhá
Trinità Gastronomia
Walter Mancini Ristorante
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