Crítica e cardápio do Borgo

Um dos bairros mais seguros da capital e também um lugar onde reina camaradagem — um vizinho conhece o outro —, a Mooca começa a se destacar na gastronomia da cidade. Depois do Avenida Café Bistrô, que resenhei no mês passado, o Borgo é outra novidade daquele pedaço da Zona Leste. O restaurante fica numa rua estreita em frente à sede social do clube Juventus e ocupa uma antiga residência. Além de ambientes distribuídos pelos diferentes cômodos, há uma agradável área ao ar livre, onde antes era o quintal. Quem se incumbe de preparar as receitas é o chef e dono Matheus Zanchini. A mulher dele, Bianca, explica os pratos. A burrata cremosa faz bonito com tomates – cereja defumados, alho confit, tapenade e molho verde com bastante alho (R$ 30,00). Aliás, o alho é bem presente nas sugestões. Outra entrada de primeira é a carne crua cortada em cubos ao tempero de limão-siciliano, azeite, pimenta-do-reino e um toque de aliche (R$ 37,00). Completa-se com deliciosas focaccias umedecidas em manteiga de tutano. A seção de massas abriga opções como o bauletti, um ravióli grande de ragu de carne regado com pesto, e também o macarrão na forma de tubos ao cacio e pepe (R$ 40,00 cada um). A combinação de pimenta e queijo dá graça ainda ao risoto que acompanha o saltimbocca entremeado de presunto cru (R$ 50,00). Só não empolgam doces como o mil-folhas, de massa dura (R$ 20,00). Neste lugar com jeito de casa de avozinha, além do expresso (R$ 7,00), cairia bem um café coado.

Confira o cardápio do Borgo:

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