MasterChef: nas águas do Rio Negro e o terror da torta de maçã
Na semana passada, foi a vez de Marcos Baldassari dar adeus. Embora o trio de jurados Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas), Henrique Fogaça (Sal Gastronomia, Admiral’s Place e Cão Véio) e Erick Jacquin (Tartar & Co) dissesse que ele sabia cozinhar, o concorrente derrapou feio ao conseguir preparar um molho bechamel e não um suflê como foi solicitado. Nem […]
Na semana passada, foi a vez de Marcos Baldassari dar adeus. Embora o trio de jurados Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas), Henrique Fogaça (Sal Gastronomia, Admiral’s Place e Cão Véio) e Erick Jacquin (Tartar & Co) dissesse que ele sabia cozinhar, o concorrente derrapou feio ao conseguir preparar um molho bechamel e não um suflê como foi solicitado. Nem o bom “tamperrro” salvou o pretendente a MasterChef.
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Nas redes sociais, houve uma comoção do público feminino que acha o cara bonitão. Como diz o manjado dito popular, beleza não põe a mesa. Não era esse o caso. Há exagero e grande da torcida. Mas torcida, é torcida e pronto.
O mais interessante da saída de Baldassari foi vê-lo escorrer em lágrimas diante de Ana Paula Padrão, a moça do tempo. Durante todo o programa, parecia que ele achava tudo engraçado e não levava nada a sério. Por vezes debochado, noutras cínico. Em alguns momentos, assumia o lado esfinge de Paola Carosella. Nem com esforço era possível decifrar o enigma.
Junto aos “mais” piores da noite, quem quase dançou foi o Lucas Furtado. Só uma boa dose de atrevimento nos arremessa para frente. Infelizmente em Lucas, sobra, ou melhor, transborda impulsividade como a gema de ovo que ele adicionou ao suflê. Embora ele tenha sido ousado demais, e gosto desse despudor, mas Lucas errou na dose.
Findo o capítulo anterior, na prova desta noite, quase 3.000 quilômetros em linha reta separam os competidores de São Paulo. A equipe voou para Manaus, cidade-sede da primeira parte do programa hoje.
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Lá, são recebidos pelo chef Felipe Schaedler, um catarinense de sucesso no Amazonas com o restaurante Banzeiro – chegou a ser eleitos três vezes chef do ano pela edição VEJA COMER & BEBER MANAUS, a última delas em 2013. A primeira missão do grupo é percorrer o Mercado Municipal de Manaus para conhecer os produtos nativos.
Em seguida, pegam um barco com o qual iniciam um passeio pelo Rio Negro. Nada de passeio, ok? Os competidores têm de elaborar um prato principal e uma sobremesa para oito personalidades da gastronomia local.
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Entre esses convidados, está um candidato forte da temporada anterior, o finalista Luis Henrique de Souza Lima. As outras personalidades são Babú Loureiro (O Chefão), Elisangela Valle (Tambaqui de Banda), Hiroya Takano (Shin Suzuran), Rogério Caliri (Alquimia), Selma Reis (Zefinha Bistrô), Thiago Santana (Ferrugem Rock Gourmet), além do chef Schaedler. Como prometi no Periscope, vai o meu abraço para Manaus que ainda não tive a chance de conhecer.
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A surpresa reside justamente na lista de ingredientes reservados aos participantes. Vai do manjando açaí a um pirarucu inteiro. Lembram-se da destruição do salmão (está no blog). Imagina o que eles podem fazer com o delicioso peixe de rio.
Terão na despensa de produtos típicos do Norte: tucupi negro (uma redução do tucupi normal que parece caldo de cana), pimentas de cheiro, cheiro-verde amazônico, cupuaçu, farinha de Uarini e castanhas. Deve causar mais espanto as formigas. Fico pensando no que eles são capazes de preparar com elas.
Na segunda parte, a prova é aparentemente simples: assar uma torta de maçã, a famosa apple pie. Não tem receita a ser seguida. Se alguém ser arriscasse pela culinária francesa, poderia apresentar a clássica tarte tatin. Se tivesse um gaúcho na competição, talvez tivéssemos uma cuca. Enfim, vale o que pintar na cabeça, ou quase, para fazer o doce americano.
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Para fechar, quero fazer um breve comentário sobre a Jiang. Meu colega José Flavio Junior, que fez a deliciosa matéria de refrigerantes na edição de VEJA SÃO PAULO desta semana, me alertou para um vídeo de quatro anos atrás feito por alunos da Universidade Mackenzie, na qual dou aulas para os cursos de Jornalismo e Publicidade.
Nessa entrevista, ela conta, entre outras coisas, suas preferências culinárias. Lembra que comia cachorro e que eles eram criados como galinha para o abate. Ou seja, uma questão cultural.
Jiang diz também que comer insetos como escorpiões é uma onda para turistas. Se bem que quando fui para o Laos e o Camboja, as pessoas comiam muitos insetos, inclusive baratas. Não, não fui tão longe. Provei apenas carne de cobra. E era bom.
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Caderno de receitas:
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