Caixa Cultural exibe novo manto de Glicéria Tupinambá
Exposição 'Nhe' ẽ Se' tem ainda pinturas, fotografias, instalações, vídeos, performances e textos de outros artistas indígenas

Nhe’ ẽ Se, na Caixa Cultural, reúne treze artistas indígenas brasileiros de diversas etnias, com curadoria de Sandra Benites e Vera Nunes. A mostra, que já passou por Brasília e Salvador, tem como destaque a exibição de um novo manto de Glicéria Tupinambá, peças que são vestimentas sagradas feitas de penas de ave dos Tupinambá. Durante a colonização, foram levados para museus e coleções europeias.
A artista baiana ganhou notoriedade por reivindicar a devolução desses indumentárias e resgatar esse conhecimento ancestral a partir da confecção de novos mantos.
Há ainda pinturas, fotografias, instalações, vídeos, performances e textos que revelam a saberes indígenas e convidam o público a um diálogo sobre ancestralidade, memória e futuro.
Em Guarani, Nhe´ ẽ significa palavra sagrada e Se representa desejo. A exposição é, assim, um chamado para ouvir as vozes dos povos originários.

Outros nomes em cartaz são a manauara Auá Mendes, que também produz grafites ao redor da capital, o mineiro Edgar Kanaykõ Xakriabá e o gaúcho Xadalu Tupã Jekupé.
Caixa Cultural. Praça da Sé, 111, centro. →☎ 3321-4400. Ter. a dom., 8h/19h. Grátis. Até 11/5.
Publicado em VEJA São Paulo de 28 de fevereiro de 2025, edição nº 2933.