Línguas indígenas são tema de exposição no Museu da Língua Portuguesa
'Nhe´ẽ Porã: Memória e Transformação' apresenta múltiplas identidades indígenas e tem apoio da Unesco e do instituto Cultural Vale
A nova exposição do Museu da Língua Portuguesa, Nhe´ẽ Porã: Memória e Transformação, a ser inaugurada na quarta (12), é um convite para conhecer línguas faladas por povos indígenas. Segundo uma das interpretações da língua Guarani Mbya, “nhe” significa palavra e “porã” quer dizer belo, bom.
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As “belas palavras” de dezenas de famílias linguísticas são o foco da exibição, que tem o objetivo de trazer um ponto de vista múltiplo sobre as diferentes identidades indígenas, partindo das línguas de povos distintos.
Integram a mostra mapas, filmes, objetos arqueológicos, registros documentais e fotografias — entre elas Espíritos da Transformação (acima), de paulo Desan, com a artesã Janete Maia Martins Lana coberta por grafismos dos povos do Alto do Rio Negro, tudo distribuído por cenários compostos de árvores e rios que conectam as salas e tem uma lógica circular de visitação.
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A curadoria da artista e educadora Daiara Tukano inclui ainda mais de cinquenta profissionais indígenas e traz trabalho de artistas visuais como Denilson Baniwa e Jaider Eisbell.
Há também a participação de especialistas como a linguista Luciana Storto e a antropóloga Majoi Gongora na exposição que tem apoio da Unesco e do Instituto Cultural Vale.
Museu da Língua Portuguesa. Praça da Luz, s/nº, Centro, ☎ 4470- 1515. ♿ Ter. a dom., 9h/16h30. R$ 20,00 (grátis aos sábados). museudalinguaportuguesa.org.br.
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Publicado em VEJA São Paulo de 12 de outubro de 2022, edição nº 2810