Nova exposição do Museu da Língua Portuguesa conta a história do funk
Com quase 500 itens históricos e obras de arte, mostra evidencia a importância do gênero na matriz cultural brasileira
O Museu da Língua Portuguesa inaugura, no próximo dia 15, uma nova exposição temporária, que se propõe a debater o papel do funk nos repertórios linguístico, artístico e afetivo, a partir de 473 obras e itens de acervo. FUNK: Um grito de ousadia e liberdade foi concebida originalmente pelo Museu de Arte do Rio (MAR), onde ficou um ano e meio em cartaz, e chega a São Paulo com acervo incorporado sobre o funk paulista.
Com curadoria de Taísa Machado, Dom Filó, Amanda Bonan, Marcelo Campos e Renata Prado, a exposição apresenta e articula a história do funk para além da sua sonoridade, evidenciando sua origem na matriz cultural urbana periférica, sua dimensão coreográfica, as comunidades e os seus desdobramentos estéticos, políticos e econômicos.
É narrado o caminho percorrido pelo gênero musical desde a influência da música negra estadunidense, o estabelecimento no Rio de Janeiro com características próprias e depois em São Paulo, onde também assumiu feições locais.
O que está em cartaz na exposição de funk do Museu da Língua Portuguesa
Artistas contemporâneos foram convidados a produzir telas para a exposição que interpretem o show do cantor norte-americano James Brown, o Rei do Soul, no Baile Chic Show. Realizado no antigo Ginásio do Palmeiras em novembro de 1978, ele atraiu cerca de 22 mil pessoas e representa a gênese do funk, nos bailes black que começaram a acontecer no Rio de Janeiro e em São Paulo no fim dos anos 1960.
Fotografias de acervos pessoais de dançarinos, músicos e demais profissionais envolvidos no universo do funk ou que influenciaram este movimento musical fazem parte do acervo da exposição, entre elas imagens de Jair Rodrigues com os Originais do Samba, Nelson Triunfo, Gerson King Combo e Lady Zu.
Entre os artistas brasileiros contemporâneos com obras expostas estarão Panmela Castro, Rafa Bqueer, Marcela Cantuária, Maxwell Alexandre e Rafa Black.
Há ainda conteúdos exclusivos sobre o funk paulista, como o acervo da memória da FUNK TV, produtora do bairro da Cidade Tiradentes. Essas imagens poderão ser vistas em um telão assim que o público entrar na sala expositiva.
Museu da Língua Portuguesa. Praça da Luz. Ter. a dom., 9h/18h (entrada até 16h30). R$ 24,00 (sáb. e dom., grátis). A partir de 15 de novembro. Até agosto de 2026.
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