“Uma Longa Viagem”
Por Miguel Barbieri Jr. Seja no cinema-verdade (“Que Bom Te Ver Viva”) ou na ficção (“Quase Dois Irmãos”), a diretora carioca gosta de abordagens políticas. Neste documentário autobiográfico, Lucia remexe no baú das memórias para trazer à tona a história dela e de seus dois irmãos. Por meio de fotos e imagens antigas, além de […]
Por Miguel Barbieri Jr.
Seja no cinema-verdade (“Que Bom Te Ver Viva”) ou na ficção (“Quase Dois Irmãos”), a diretora carioca gosta de abordagens políticas. Neste documentário autobiográfico, Lucia remexe no baú das memórias para trazer à tona a história dela e de seus dois irmãos. Por meio de fotos e imagens antigas, além de entrevistas, o roteiro relembra os anos de Lucia como prisioneira política e a viagem ao exterior feita pelo caçula, Heitor, na mesma época — a turbulenta década de 70 do período militar. A trajetória de Miguel, o outro irmão, já morto, pouco aparece. Caio Blat surge para interpretar as cartas enviadas por Heitor à família, recurso dramatúrgico que não funciona. Embora corajosa por abrir sua vida íntima, Lucia se atropela na narrativa e deixa de contar sua trajetória a partir do momento no qual virou cineasta. A partir daí, o filme é só de Heitor. Diagnosticado com esquizofrenia (nunca revelada), ele não tem papas na língua nem vergonha de rememorar suas maluquices de Londres à Índia.
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