Diretor do MIS conta detalhes sobre a mostra comemorativa do Castelo Rá-Tim-Bum

Maquete em 3D de um dos ambientes do castelo que será recriado para a mostra (Imagem: Caselúdico)

Programa familiar dos bons à vista, a mostra que celebra os 20 anos do Castelo Rá-Tim-Bum ficará em cartaz de 16 de julho a 12 de outubro, no MIS. A diretoria do museu aproveitou a experiência com duas bem-sucedidas exposições – “Stanley Kubrick  e “David Bowie” – para criar do zero uma homenagem à série televisiva que marcou época.

Objetos de cena, figurinos, bonecos originais, maquetes e fotografias foram cedidos pela TV Cultura e muitos restaurados pela equipe do MIS para a exposição, que vai também reproduzir momentos célebres do programa, como a cena musicada por Arnaldo Antunes “Lavar as mãos” (um hit que até minha filha de quatro anos canta direto). A expectativa da organização é receber 100 mil visitantes.

Interessada em saber mais, conversei com o diretor geral do MIS, André Sturm, que comentou alguns detalhes e os preparativos. 

Como o museu decidiu por esta mostra do Castelo Rá-Tim-Bum?

Há mais ou menos um ano, já com (a exposição sobre) o Kubrick e o Bowie em preparação, eu pensava que seria legal fazer uma mostra sobre algo que fosse brasileiro. E então procurando temas e possibilidades, um dos meus assistentes falou que o castelo Rá-Tim-Bum completava 20 anos e eu achei que cabia uma homenagem, já que foi um programa de alto nível, com um ótimo elenco, produzido por uma emissora pública e que impactou tantas gerações.

É a primeira experiência do Mis numa mostra deste porte também mirando no publico infantil?

Sim, mas não é só para o público infantil. E nem é só para o adulto. Porque os fãs que assistiram o Castelo hoje são adultos, mas não queremos deixar só esse público feliz, queremos também, com a mostra, conquistar novos fãs para o Castelo. A ideia é que mesmo uma criança que nunca assistiu ao programa fique encantada.

E essa foi a primeira mostra 100% produzida pelo MIS, certo? 

Sim, a do Kubrick foi feita tendo como apoio uma exposição que percorre o mundo, mas a ideia das ambientações, como a recriação hotel, foi nossa. Usamos essa experiência para planejar a do Castelo, mas neste caso partimos do zero, fizemos todo o trabalho de curadoria também.

E como vocês pretendem agradar a esses dois públicos?

Estamos pensando ambientes bem sensoriais, o objetivo é mesmo que o expectador se transporte para os aposentos do Castelo. Vamos recriar todos os principais ambientes, a sala do Dr. Victor, a cozinha, a biblioteca e o famoso saguão onde quase tudo acontecia. Vamos ter muitos elementos em movimento também.

Dá para adiantar mais algum detalhe?

Não gosto de falar muito porque quero que as pessoas se surpreendam, mas o realismo vai ser um ponto alto. A escada do saguão, por exemplo, não será somente cenográfica. As pessoas vão subir por ela para chegar ao segundo andar da exposição.

Também estão previstos espetáculos com os atores. Como eles vão funcionar?

Estamos gravando depoimentos com todos os atores para a mostra, mas as intervenções e espetáculos vão acontecer de maneira paralela. Nem tudo foi definido, mas a ideia é que aconteçam aos sábados e domingos pela manhã, no próprio ambiente do saguão do Castelo.

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