Jiquitaia

Resenha por Arnaldo Lorençato

A cada ano, o chef Marcelo Corrêa Bastos e sua equipe aprimoram os resultados na cozinha. Tudo funciona nos trinques mesmo quando ele não está no Jiquitaia — ele é sócio ainda do Lobozó e do premiado Sororoca Bar. O apetite fica assanhado com os quiabos grelhados com um molho ligeiramente ácido de pasta de missô salpicado de sementes de gergelim preto que explodem na boca (R$ 32,00). Preparada com peixe do dia, que pode ser a prejereba mais camarão médio, a moqueca baiana (R$ 120,00) é um primor, completada por farofa de dendê com farinha de mandioca grossa e um arroz muito bom, de fazer inveja ao da mãe. Muitas vezes doce, a pamonha ganha uma versão quase salgada com pimenta-decheiro, cebola e salsinha que vira a melhor companhia para a bochecha de porco grelhada (R$ 95,00). Tem aquele gostinho de quero mais. A combinação brasileira de confeitaria que os porto-riquenhos eternizaram na piña colada — coco e abacaxi — aparece numa deliciosa torta de mandioca (R$ 32,00), o primeiro na massa e o segundo como uma calda espetacular, além de sorvete de leite. Tanto o bar quanto o atendimento, sempre muito atencioso, estão sob a responsabilidade de Carolina Bastos, a Nina, irmã e sócia de Marcelo.

Informações checadas entre julho e agosto de 2024.