A Lenda de Candyman: sequência de terror dos anos 80 retorna atualizada
Longa é dirigido e roteirizado por Nia DaCosta e produzido por Jordan Peele, de Corra e Nós
Quando estreou nos cinemas, em agosto do ano passado, A Lenda de Candyman encarou um cenário de salas ainda limitadas, antes da retomada total das sessões. Talvez por isso o longa tenha passado despercebido por muita gente. A recente chegada do filme ao catálogo do Amazon Prime Video é a chance de mais pessoas apreciarem essa reimaginação da franquia de terror popular nos anos 80.
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A diretora e roteirista Nia DaCosta trabalhou ao lado do produtor Jordan Peele (autor de Corra e Nós, que aqui também colaborou com o script) para atualizar o enredo e incluir uma pitada de comentário sobre a questão racial nos Estados Unidos. Assim, o cenário é um bairro da cidade de Chicago habitado outrora pela população carente local, e hoje preenchido por prédios de alto padrão e moradores “moderninhos”.
Porém, mesmo após o processo de gentrificação, paira sobre a região uma atmosfera carregada, muito por causa da história de um assassino impiedoso e fantasmagórico que pode ser invocado ao ter o nome repetido cinco vezes em frente a um espelho. Ao saber desse mito, um pintor (Yahya Abdul-Marteen II, da série Watchmen) em busca de inspiração para voltar a criar sua arte mergulha na lenda disposto a saber o que é real ou não a respeito do temido Candyman. O personagem macabro passa a aparecer não apenas em suas telas, mas também volta a fazer vítimas.
Num filme em que espelhos e reflexos em geral servem como portais para o vilão (e para assombrar o espectador), DaCosta usa criativos jogos de imagem para encenar as mortes nas quais sangue não falta. Por seu visual marcante, o longa chama a atenção para qualidades que vão muito além de sustos fáceis.
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Publicado em VEJA São Paulo de 13 de abril de 2022, edição nº 2784