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Identidade: drama da Netflix discute racismo e o anseio em ser diferente

Longa dirigido e escrito por Rebecca Hall conta a história de mulher negra que reencontra amiga que finge ser branca

Por Barbara Demerov
21 jan 2022, 06h00
Imagem em preto e branco mostra duas mulheres segurando flores, andando na calçada.
Em Identidade: uma mulher negra reencontra amiga que finge ser branca. (Netflix/Divulgação)
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Identidade, drama da Netflix dirigido e escrito por Rebecca Hall (também atriz), é uma intrigante produção sobre a adaptabilidade do ser humano em ambientes que podem feri-lo, tanto física quanto psicologicamente.

Em preto e branco e ambientado em 1920, o filme é estrelado por Tessa Thompson e Ruth Negga, que interpretam duas amigas de infância. Como elas estavam havia muito tempo vivendo suas vidas sem manter contato, a inesperada reunião em uma região de classe alta de Nova York traz à tona diversos questionamentos para ambas.

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Enquanto Irene (Thompson), mulher negra, vive no bairro do Harlem com o marido e dois filhos, Clare (Negga), também negra, revela que, há anos, se passa por mulher branca por ter a pele clara.

Casada com um homem branco e racista, com cabelos pintados de loiro e uma postura que confunde irene de início, a amiga — agora praticamente uma desconhecida — parece realizada em viver dentro dessa realidade. No entanto, a reaproximação não se mostra tão saudável.

As lembranças conjuntas que as duas mulheres possuem não são o suficiente, pois o foco, agora, é a observação minuciosa de Irene para com o mundo de Clare e vice-versa.

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A direção apurada de Hall traz a profundidade necessária para o tema: os planos próximos das atrizes, a captação de expressões e detalhes silenciosos fazem toda a diferença.

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Publicado em VEJA São Paulo de 26 de janeiro de 2022, edição nº 2773

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