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Filmes e Séries - Por Barbara Demerov

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Jordan Peele acerta novamente com o eletrizante ‘Não! Não Olhe!’

Novo longa do diretor de 'Corra!' (2017) é uma excelente pedida para os cinéfilos que prezam por uma história surpreendente do início ao fim

Por Barbara Demerov
2 set 2022, 06h00
Imagem mostra homem vestindo casaco laranja e calça jeans em cima de cavalo
Não, Não Olhe! conta história inquietante envolvendo aliens. (Universal Studios/Divulgação)
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✪✪✪Jordan Peele (de Corra! e Nós) ataca novamente, desta vez com um suspense ainda mais autoral que se passa em um local isolado nos Estados Unidos. Não! Não Olhe está em cartaz nos cinemas, arrecadou mais de 3 milhões de reais na bilheteria nacional e é uma excelente pedida para os cinéfilos que prezam por uma história surpreendente do início ao fim.

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Daniel Kaluuya (que já colaborou com o diretor em Corra!), Keke Palmer, Brandon Perea, Steven Yeun e Michael Wincott compõem um singelo, mas poderoso elenco. A trama acompanha OJ (Kaluuya) e Emerald (Keke), dois irmãos que vivem em um grande rancho no sul da Califórnia. O local é especial, pois foi onde o pai, criador e domador de cavalos na indústria cinematográfica, moldou sua carreira.

Se por anos tudo foi encaminhado com organização e calma, logo o cenário se complica. Os irmãos testemunham uma descoberta, no mínimo, estranha, e temem que a segurança dos locais esteja em risco. Eles estão sozinhos ou não?

Mesclando elementos de ficção científica, Peele cria uma história eletrizante sobre a chegada de seres extraterrestres. E, se por fora ‘Não! Não Olhe’ parece ser o filme que menos entrega críticas sociais em seu recheio, não se engane. O longa — que tem tudo para integrar a lista de cotados ao próximo Oscar — insere questões sobre a presença (ou o apagamento) de pessoas negras no mercado audiovisual e a obsessão de se registrar absolutamente tudo no celular, inclusive tragédias.

O comentário do diretor é mais sutil, pois o foco é a construção de um enredo deliciosamente inquietante. Mas tudo coincide naturalmente neste espetáculo sonoro e visual que deve ser visto na tela grande.

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Publicado em VEJA São Paulo de 7 de setembro de 2022, edição nº 2805

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