Uma nova Paulista
Estou fotografando idas e vindas na Av. Paulista numa base quase diária desde 2008. Também é dessa época minha adoção, para esse fim, de equipamentos fotográficos mais ambiciosos que a câmera do smartphone – particularmente as teleobjetivas. Existe um preconceito de que a fotografia de rua e de arquitetura “deve” ser feita com objetivas grande-angulares. […]
Estou fotografando idas e vindas na Av. Paulista numa base quase diária desde 2008. Também é dessa época minha adoção, para esse fim, de equipamentos fotográficos mais ambiciosos que a câmera do smartphone – particularmente as teleobjetivas. Existe um preconceito de que a fotografia de rua e de arquitetura “deve” ser feita com objetivas grande-angulares. Bom, se fosse dessa maneira, as fotos de todo mundo ficariam iguais umas às outras; ainda bem que há campo a desenvolver!
Esta série é legal porque mostra o local com tantas mudanças em relação ao que havia há apenas um ano que é praticamente uma nova avenida em muitos pontos.
É uma avenida com uma vitalidade pujante que contrasta com as reclamações e más notícias que lemos e ouvimos diariamente.
Essa vida revela mais o seu estilo na entrada dos dias frios e a consequente mudança no guarda-roupa e nas atitudes, especialmente na hora em que sai um solzinho, com seu característico alinhamento ao eixo da avenida no meio da tarde.
O fechamento progressivo da via aos domingos é uma medida altamente controversa por afrontar o hábito dos motoristas do fim de semana. No entanto, na primeira vez do ano em que a avenida não foi fechada por causa de um comício político, o mundo não acabou em São Paulo.
Pelo contrário: instalou-se um silêncio envolvente e marcante.
O centro rico de São Paulo está mostrando uma face bem mais gentil que o costumeiro nesta época de frio, de céu mais azul, de férias e de menos obras atrapalhando o caminho.