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Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti

Chianti Classico reforça identidade com nova geração de tintos

A categoria Gran Selezione ganha destaque e eleva o prestígio da bebida italiana

Por Marcelo Copello
7 nov 2025, 06h00
Chianti Toscana
Vinícola na região de Chianti: cultivo de sangiovese (Ray in Manila/Flickr/Divulgação)
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O Chianti Classico, região-símbolo entre Florença e Siena, vive um momento de renovação histórica.

O destaque está na categoria Gran Selezione, criada em 2014 com a safra 2010, como o novo topo da pirâmide qualitativa, acima do Annata e da Riserva. O objetivo é claro: valorizar vinhos de origem exclusiva dos vinhedos do produtor, com seleção rigorosa de uvas, longo envelhecimento (mínimo de trinta meses) e expressão do terroir.

Desde sua estreia, a Gran Selezione foi um sucesso imediato de mercado e de crítica, consolidando-se como a face mais prestigiada do Chianti Classico.

Em poucos anos, tornou-se referência em leilões, cartas de restaurantes e coleções privadas, dando ao território um reconhecimento comparável ao das grandes denominações europeias.

Dentro da pirâmide, as categorias Annata e Riserva permanecem fundamentais.

O Chianti Classico Annata deve ter no mínimo doze meses de envelhecimento antes de ser comercializado, com uvas majoritariamente sangiovese (mínimo 80%, podendo incluir variedades locais ou internacionais).

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O Chianti Classico Riserva exige pelo menos 24 meses de envelhecimento, incluindo três meses em garrafa, além de rendimentos mais restritos, resultando em vinhos mais estruturados e aptos ao envelhecimento.

Depois de uma década, o topo da pirâmide, a Gran Selezione, se aprimora com novas regras.

O percentual mínimo de sangiovese sobe de 80% para 90%, e os 10% restantes só podem ser completados por castas autóctones da Toscana, como colorino, canaiolo ou mammolo — proibindo definitivamente variedades internacionais como cabernet ou merlot.

Além disso, para ter o selo é preciso produzir com uvas de vinhedos próprios, reforçando o vínculo entre vinho e território.

Outro passo crucial é a introdução das UGAs (Unità Geografiche Aggiuntive), subzonas oficialmente reconhecidas que podem figurar nos rótulos dos Gran Selezione.

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Assim como nas regiões da Borgonha ou de Champanhe, a menção ao local passa a ser ferramenta de diferenciação e prestígio.

As onze UGAs aprovadas são: Castellina, Gaiole, Greve, Radda, San Casciano, San Donato in Poggio (inclui Barberino Tavarnelle e Poggibonsi), Castelnuovo Berardenga, Panzano, Lamole, Montefioralle e Vagliagli.

Cada uma traz uma identidade própria.

A ideia é que os consumidores possam identificar nuances locais dentro do mosaico do Chianti Classico.

Essas mudanças não surgem por acaso: respondem a uma demanda global por vinhos de origem mais precisa e identidade cultural clara.

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Vinhos Toscana
Sugestões de rótulos (Reprodução/Divulgação)

Famiglia Zingarelli Tenuta Fizzano Chianti Classico Gran Selezione Il Crocino 2021: produzido por Rocca delle Macie, do vinhedo Il Crocino, elaborado com 90% sangiovese e 10% de colorino. Amadurece parte em tonéis e parte em barricas, por vinte meses. Rubi escuro. Aroma de cereja preta, madeira nova, notas terrosas, especiarias. Paladar de bom corpo, com taninos firmes, ótima acidez, para guarda. R$ 599,90, na Grand Cru (lojas físicas).

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Carpineto Chianti Classico Riserva 2019: elaborado com 80% sangiovese mais canaiolo e outras castas, com doze meses em barricas de carvalho. Cor granada. Aromas de frutas vermelhas maduras, especiarias, café e cedro. no paladar, tem estrutura firme, acidez vibrante e taninos polidos, já pronto, mas pode evoluir. R$ 235,18, na Wine.

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Publicado em VEJA São Paulo de 7 de outubro de 2025, edição nº 2969.

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