‘Animais Perigosos’ recorre ao estilo de ‘Tubarão’ para tentar aterrorizar
Lançado em Cannes, filme acompanha um serial killer que usa os animais para fazer vítimas — mas carece de bons personagens
Lançado no Festival de Cannes, Animais Perigosos é aquele tipo de terror clássico, que gira em torno de um serial killer.
Para completar, este assassino em específico conta com a ajuda de tubarões para fazer suas vítimas — um prato cheio para quem gosta de Tubarão (1975) e O Silêncio dos Inocentes (1991).
O filme acompanha Tucker (Jai Courtney), serial killer obcecado por tubarões. Ele transforma assassinatos em um espetáculo sangrento brutal, registrando as vítimas sendo devoradas em alto-mar. Quando sequestra a surfista Zephyr (Hassie Harrison), percebe que ela não será uma presa fácil.
Enquanto torcemos pelos personagens em cativeiro, descobrimos o sadismo do vilão, com boas doses de gore (estilo de violência explícita e grotesca).
O problema é o desenvolvimento simples e por vezes incoerente. A estrutura do filme, com foco inicial no assassino e pouco tempo de tela para a mocinha, não estimula um senso de empatia pela vítima, nem pelo romance dela. O clímax não aterroriza nem tensiona o espectador pela falta de preocupação com os personagens.
Por outro lado, o longa do australiano Sean Byrne é afiado e objetivo, sem se exceder. O diretor tem seu mérito principalmente por conduzir seus atores a atuações viscerais.
NOTA: ★★☆☆☆





