‘Confinados’ tem premissa interessante, mas narrativa subdesenvolvida
Direção de arte ambienta bem o espectador no cenário claustrofóbico

Um intrigante filme alemão chegou ao topo do ranking da Netflix no Brasil. Brick, mistério de Philip Koch, reúne ideias interessantes, mesmo que subdesenvolvidas. No filme, Tim (Matthias Schweighöfer) e Olivia (Ruby O. Fee) vivem uma crise no relacionamento, após uma gravidez perdida.
Quando ela estava prestes a ir embora, se depara com um muro preto indestrutível bloqueando qualquer passagem ou visão externa. O casal tenta entender o que está acontecendo e descobre que o prédio inteiro está cercado pelos tijolos futuristas e resistentes. Então, recorrem aos vizinhos que mal conhecem em busca de uma solução, mas o convívio acaba virando justamente o problema.
Com pânico, tensão e sensação de claustrofobia, o perigo que parecia vir de fora passa a vir de dentro e a verdadeira natureza de cada um se
revela. Apesar de não criar arcos e camadas multifacetadas para as personagens e não se debruçar tão a fundo nas consequências do cenário, a direção de arte ambienta bem o espectador e a edição compacta, sem se estender, contribui para uma experiência razoável.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 1º de agosto de 2025, edição nº 2955