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Festival É Tudo Verdade tem protagonismo feminino e homenagem a Mark Cousins

Festival de documentários tem seleção com 77 longas, médias e curtas-metragens e celebração a Thomaz Farkas

Por Mattheus Goto
29 mar 2024, 06h00
Cena de 'Women make film', dirigido por Mark Cousins
Cena de 'Women make film', dirigido por Mark Cousins (É Tudo Verdade/Divulgação)
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Maior evento do país dedicado ao fazer documental, o festival É Tudo Verdade retorna na quinta-feira (4) para sua 29ª edição. Neste ano, a programação apresenta 77 longas, médias e curtas-metragens em cinco salas da capital paulista (Espaço Itaú de Cinema – Augusta, Cinemateca Brasileira, Sesc 24 de maio, Instituto Moreira Salles e Centro Cultural são Paulo) e simultaneamente no Rio de Janeiro, até 14 de abril, com entrada gratuita.

A seleção homenageia Mark Cousins, cineasta britânico que vem pela primeira vez ao Brasil, para o evento, e Thomaz Farkas (1924-2011), um dos pioneiros da fotografia moderna brasileira, no ano do centenário de seu nascimento.

A retrospectiva Cousins destaca oito obras, incluindo a mais recente, Cinema Tem Sido Meu Verdadeiro Amor: O Trabalho e A Vida de Lynda Myles, lançada no ano passado no Festival Telluride, no Colorado (EUA).

Para celebrar o legado de Farkas, serão exibidos seus quatro documentários e dois retratos dirigidos por Walter Lima Jr. e Lauro Escorel. Quem também ganha destaque na programação é o protagonismo feminino na frente e atrás das câmeras.

Em São Paulo, a sessão de abertura terá O Competidor, dirigido pela britânica Clair Titley, exibido no Festival de Toronto. Conta-se a história de Tomoaki Hamatsu, comediante japonês que passou quinze meses preso num pequeno apartamento, nu, com estoque limitado de comida e sem poder se comunicar com o mundo externo nem saber que estava em um reality show.

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Como de praxe, haverá também mostras competitivas (nacional e internacional, de diferentes metragens), não-competitivas, programas especiais e de clássicos. Um ponto alto é Fernanda Young — Foge-me ao Controle, ensaio poético sobre a vida da escritora, apresentadora e roteirista, dirigido por Susanna Lira.

Os filmes vencedores dos prêmios dos júris nas Competições Brasileiras e internacionais de longas/médias e de Curtas metragens estarão automaticamente classificados para apreciação à disputa pelo Oscar do ano que vem.

A programação inclui ainda uma série de atividades de formação, como a 21ª Conferência internacional do Documentário, em parceria com a Cinemateca Brasileira, e o ciclo de palestras “Da Ideia à Tela”, em parceria com a secretaria de estado da Cultura e da economia Criativa do estado de são Paulo e do Desenvolve SP.

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O encerramento fica por conta de Luiz Melodia — No Coração do Brasil, de Alessandra Dorgan.

Publicado em VEJA São Paulo de 29 de março de 2024, edição nº 2886

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