Harris Dickinson faz estreia digna na direção com ‘Urchin’
Ator de ‘Babygirl’ dirige longa com perspectiva respeitosa para personagem marginalizado, apesar de ideias confusas
Com Urchin, o ator Harris Dickinson (Babygirl) faz uma estreia digna na direção, mas sem ainda deixar claro seu perfil ou intenção. O longa acompanha Mike (Frank Dillane), um homem viciado em drogas que vive nas ruas de Londres, à custa de esmolas, ações beneficentes e roubos.
Ele é preso por assaltar e violentar um homem e, após cumprir pena, volta à sociedade determinado a lutar contra a autodestruição. Porém, os antigos padrões de comportamento voltam para instabilizá-lo.
A perspectiva do diretor perante o protagonista é respeitosa e cuidadosa, em uma atitude admirável para uma minoria frequentemente mal compreendida.
A trilha com riffs de guitarra e as sequências abstratas, como a “viagem psicodélica no ralo” e a performance de dança contemporânea em alusão a uma agressão, não funcionam bem como simbolismo.
Mas Dickinson tem tudo para se consolidar como um voz dos mal compreendidos.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 31 de outubro de 2025, edição nº 2968
C6 Fest 2026 anuncia line-up com Robert Plant, The xx, Dijon e Amaarae
‘Enterre Seus Mortos’ vai de faroeste a culto satânico com ambições demais





