‘Nosferatu’ cria nova roupagem repugnante ao clássico vampiro
Vilão icônico perde a marca registrada do olhar vidrado e ganha estranho bigode em versão dirigida por Robert Eggers

Um século após a primeira aparição nas telonas, Nosferatu está de volta em uma versão dirigida por Robert Eggers.
O personagem apresentado no clássico do alemão F. W. Murnau, de 1922, adaptado do livro Drácula, de Bram Stoker, continua assustador e conta agora com a maestria de Eggers, e de seu parceiro Jarin Blaschke na direção de fotografia, para criar uma experiência cinematográfica majestosa.
O enredo segue o mesmo: o corretor de imóveis Thomas Hutter (Nicholas Hoult) viaja a um castelo distante para vender uma propriedade ao Conde Orlock (Bill Skarsgård).
O comprador em potencial revela-se um vampiro milenar que espalha o terror na região de Bremen, na Alemanha, e sai em busca de Ellen (Lily-Rose Depp), esposa de Thomas, com quem tem um passado oculto.
O diretor, conhecido pelo estilo sombrio, explora novos visuais e fios narrativos. É o caso da nova roupagem de Nosferatu, que deixa o olhar assustador e assume uma aparência mais repugnante — e um estranho bigode. Abre mão da marca registrada, mas ganha pontos ao renová-la.
Merecem destaque todas as performances e o trabalho de som.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 3 de janeiro de 2025, edição nº 2925