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Filmes e Séries - Por Mattheus Goto

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‘O Agente Secreto’ é escolhido para representar o Brasil no Oscar 2026

Após polêmica na disputa, longa de Kleber Mendonça Filho concorrerá a uma indicação ao prêmio de melhor filme internacional

Por Mattheus Goto
Atualizado em 15 set 2025, 12h58 - Publicado em 15 set 2025, 12h29
Wagner Moura em 'O Agente Secreto'
Wagner Moura em 'O Agente Secreto' (CinemaScopio/Divulgação)
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O filme O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na disputa por uma indicação ao Oscar 2026 de melhor filme internacional.

Em cerimônia de anúncio, nesta segunda-feira (15), a presidente da academia, Renata Almeida Magalhães, disse: “Posso dizer por todos que foi um orgulho e uma emoção grande ter dezesseis títulos tão maravilhosos, de uma cinematografia tão poderosa. Só vimos filmes muito, muito, muito bons. Qualquer um poderia nos representar. A gente reflete os milhares de Brasis”.

A comissão de seleção, eleita pelos sócios da academia, teve quinze integrantes, incluindo nomes como os atores Lázaro Ramos e Tatiana Issa e o produtor Rodrigo Teixeira (de Ainda Estou Aqui).

A produtora Sara Silveira presidiu o grupo. “Estou muita honrada de ver o nosso cinema andar e ter essa representatividade”, comentou. “Chegamos a esse nome pela força que o filme reuniu, com todo o aparato que construiu em Cannes, com prêmio Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema) e do cinema independente.”

“Dentro do meu coração, O Agente Secreto é uma resposta para este Brasil que acaba de ter um 11 de setembro da maior alegria possível, não fazendo mal a uma pessoa, mas com decisões de um judiciário que se impõe por um Brasil mais justo”, explicou a presidente da comissão.

“Mas quero deixar claro que, dos seis filmes, passou por nós muita admiração. Um viva a Manas, Kasa Branca, Oeste Outra Vez, Baby e O Último Azul. Especialmente a Manas, um filme dirigido por uma mulher, esperamos que tenhamos dado uma representação para nós”, acrescentou Sara.

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Ambientado no Brasil de 1977, O Agente Secreto conta a história de Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta a Recife em busca de paz. No entanto, ele logo percebe que a cidade está longe de ser um refúgio.

O longa de Kleber Mendonça Filho se consagra após favoritismo e polêmica nas redes sociais, com a possibilidade da indicação a Manas, de Marianna Brennand.

Polêmica na disputa pela indicação

Houve uma polêmica ao longo da última semana, depois do anúncio da Academia Brasileira de Cinema dos seis finalistas a concorrer a indicação do Brasil ao Oscar de Melhor Filme Internacional.

Os seis títulos representam a ótima safra do cinema brasileiro, mas dois se destacaram na disputa: Manas, de Marianna Brennand; e O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho.

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Os outros concorrentes eram: Baby, de Marcelo Caetano; Kasa Branca, de Luciano Vidigal; O Último Azul, de Gabriel Mascaro; e Oeste Outra Vez, de Erico Rassi.

Para muitos, o filme de Mendonça Filho já era a escolha clara e inegável, tendo em vista sua trajetória, que começou com os prêmios de melhor direção e ator (Wagner Moura) em Cannes. E mais, tanto o diretor quanto o protagonista tem fama e prestígio internacional, que são fundamentais em uma campanha ao Oscar.

No entanto, Manas saiu em uma disparada, devido à forte campanha da diretora. Para começar, fechou uma parceria com o americano Sean Penn para realizar a produção nos Estados Unidos. Depois, ganhou apoio de um grupo de cerca de 70 empresas, incluindo Magazine Luiza, que divulgou uma carta aberta em apoio ao longa. E ainda, está trabalhando com a ID, que realizou campanhas de mídia de Parasita e Ainda Estou Aqui.

Muitos internautas contestaram as ações e a possibilidade da indicação a Manas, argumentando que o potencial de O Agente Secreto é maior e o timing, melhor.

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A polêmica foi tão grande que respingou até em Fernanda Torres. Na sexta-feira (12), a atriz compartilhou uma publicação no Instagram dizendo: “Muito feliz de saber que o Sean Penn embarcou como produtor do Manas, no lançamento americano do filme. O Penn foi o primeiro a abraçar o Ainda Estou Aqui, quando desembarcamos em Los Angeles. O Manas merece demais”.

No X (antigo Twitter), a atitude foi criticada e a má repercussão levou a artista a se pronunciar. “Eu fiz um post sobre a minha alegria de saber que Sean Penn tinha abraçado o Manas nos Estados Unidos. Depois, eu soube que virou um negócio enorme no X. Amigos me escrevendo, e aí eu entendi que isso tinha virado uma espécie de posicionamento meu, de que eu quero o Manas como nosso representante no Oscar”, explicou

“Eu, pessoalmente, acho que o Kleber Mendonça e o Wagner Moura estão na plenitude da produção deles, de artistas. O Kleber é um cara que eu respeito demais. Ele colocou o Recife no mapa do cinema mundial. Ele é um cara incrível, muito inteligente. Ele fez um filme que levou dois prêmios importantíssimos em Cannes. Ele tem a Neon distribuindo O Agente Secreto nos EUA. Ele está em todas as apostas”, acrescentou.

“Eu não tenho nem dúvida que se O Agente Secreto for escolhido, ele vai puxar todos os outros filmes. Acho que é um reconhecimento desses dois artistas imensos que a gente tem, que é o Kleber e o Wagner. Essa é a minha opinião. O post sobre o Manas não era uma campanha para escolher ninguém para o Oscar. Acho que a escolha de um filme não quer dizer que o outro foi rejeitado. Desculpe qualquer mal-entendido. Eu sou a favor de todos, mas eu acho que O Agente Secreto vai ser o escolhido”, finalizou.

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