‘Os Estranhos: Capítulo 1’ segue estilo perturbador da franquia, sem inovar
Novo filme de invasão domiciliar, dirigido por Renny Harlin ('Duro de Matar 2'), quer transformar o enredo em uma trilogia
✪✪ A franquia Os Estranhos criou uma marca registrada no gênero de terror de invasão domiciliar. É um estilo naturalmente perturbador, executado com maestria pelo criador Bryan Bertino. Os Estranhos: Capítulo 1, em cartaz nos cinemas, quer transformar o enredo em uma trilogia e repetir o sucesso com a fórmula dos antecessores (Estranhos, de 2008, e Estranhos: Caçada Noturna, de 2018).
A narrativa apresentada no primeiro longa é centrada em três psicopatas mascarados que invadem casas e atacam os moradores sem qualquer motivo. A obra original e as sequências começam com um aviso de “baseado em uma história real”, que segundo o criador se refere a uma série de assaltos em sua vizinhança, no Texas, quando ele era criança.
No novo trabalho, dirigido por Renny Harlin (Duro de Matar 2), Maya (Madelaine Petsch) viaja para o campo com o namorado Ryan (Froy Gutierrez) para começar uma nova vida. No entanto, o carro quebra e eles são obrigados a passar a noite em uma casa na floresta, quando surgem as três figuras mascaradas.
O filme consegue captar a atenção ao construir tensão, mas pouco acrescenta à primeira produção. E peca no roteiro, por vezes sem espontaneidade, e na montagem seca, que corta suspiros e o suspense.
Publicado em VEJA São Paulo de 31 de maio de 2024, edição nº 2895