‘Quando Eu Me Encontrar’ retrata relação entre mãe e filha com boa música

A safra frutífera do cinema cearense acaba de ganhar mais um representante: Quando Eu Me Encontrar, estreia de Amanda Pontes e Michelline Helena na direção de um longa-metragem.

Em seu primeiro trabalho, a dupla já conquistou uma trajetória de sucesso, com a vitória dos prêmios de Melhor Filme e Melhor Roteiro pelo júri da crítica no Olhar de Cinema, em Curitiba, no ano passado.

Com delicadeza, aborda a relação entre mãe e filha como um dos assuntos centrais. Quando a jovem Dayane sai de casa para mudar de vida, a mãe Marluce (Luciana Souza) sofre com a partida, mas tenta não demonstrar, e a caçula Mariana (Pipa) começa a ter dificuldades para se inserir na nova escola.

Por sua vez, Antônio (David Santos), noivo de Dayane, fica desamparado e procura respostas para o ocorrido com a melhor amiga da noiva, a cantora Cecília (Di Ferreira). Ela é uma das figuras cruciais para o uso da música no filme, que é feito de forma fascinante, com influências da música popular brasileira.

A narrativa sonora começa no primeiro instante da produção, com “Preciso me encontrar”, do Cartola. Com as canções, o roteiro segue uma linha minimalista, dizendo muito com pouco. A personagem mais interessante, que se destaca ainda mais com a performance da atriz, é Mariana.

NOTA: ★★★☆☆

Publicado em VEJA São Paulo de 20 de setembro de 2024, edição nº 2911

• filmes
• mãe