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Filmes e Séries - Por Mattheus Goto

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‘Robô Selvagem’ é um espetáculo de animação com ótimas piadas e mensagens

Filme divertido do diretor Chris Sanders ('Lilo & Stitch') reflete sobre vida e natureza ao acompanhar a robô Roz (Lupita Nyong'o)

Por Mattheus Goto
Atualizado em 10 out 2024, 21h09 - Publicado em 10 out 2024, 16h30
Roz e Bico-vivo em 'Robô Selvagem': família inesperada, aprendizado mútuo
Roz e Bico-vivo em 'Robô Selvagem': família inesperada, aprendizado mútuo (Universal Pictures/Divulgação)
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Esta não é uma animação tradicional — e da melhor maneira possível. Robô Selvagem, da DreamWorks, em cartaz nos cinemas, apresenta uma série de atributos diferenciados que a tornam aprazível e atrativa para públicos de diferentes idades.

Inspirado no best-seller homônimo do americano Peter Brown, de 2016, o filme dirigido e escrito por Chris Sanders (Como Treinar Seu Dragão e Lilo & Stitch) conta a história de Roz (dublada em inglês por Lupita Nyong’o), uma robô que se perde e vai parar em uma ilha com animais silvestres.

A protagonista faz amizade com os bichos e adota um “filho”, o ganso Bico-vivo (Kit Connor). Com ele, aprende sobre o comportamento animal e a sobrevivência na natureza. É uma abordagem diferente da que estamos acostumados a ver em Hollywood, em que os seres vivos precisam aprender a viver com as máquinas.

Em 'Robô Selvagem', a robô Roz vira mãe do ganso Bico-vivo
Em ‘Robô Selvagem’, a robô Roz vira mãe do ganso Bico-vivo (DreamWorks Animation/Divulgação)

As trocas entre animal e tecnologia geram reflexões sobre a preciosidade da sabedoria das espécies e o sentido de estar vivo e pertencer a um coletivo. Ao cuidar de Bico-vivo, Roz prepara-o para o mundo e integra-se à comunidade. Com isso, acaba se questionando e descobrindo muito sobre si mesma.

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Pode parecer algo complexo, mas o longa consegue tratar de forma leve e sutil. O contraste cria situações divertidíssimas, com humor aguçado.

Além da majestosa mensagem e execução, a animação apresenta visuais fascinantes, em uma espécie de realismo impressionista, resultado de um longo trabalho artesanal. A proposta era ter cenas pintadas à mão, sem o fotorrealismo da computação gráfica.

Sanders também fez questão de ter animais não antropomorfizados, ou seja, sem traços humanos.

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NOTA: ★★★★☆

Publicado em VEJA São Paulo de 11 de outubro de 2024, edição nº 2914

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