Que farofa mais cara: ‘The Electric State’ custa muito e rende pouco
Com um orçamento de 320 milhões dólares, filme da Netflix cativa pelos robôs fofos, mas se perde no roteiro

A Netflix decidiu apostar na combinação de Irmãos Russo na direção com Millie Bobby Brown e Chris Pratt. Com um orçamento de 320 milhões dólares, The Electric State é um dos filmes mais caros na história da plataforma e do cinema em geral.
A aposta parecia promissora e é perceptível na telinha, mas acaba parcialmente prejudicada por um roteiro mal acabado.
Em um passado distópico, após a humanidade vencer uma guerra contra os robôs, a órfã Michelle (Millie) recebe a visita do simpático robô Cosmo — a parte mais cativante do longa. Ela sai em uma jornada para descobrir a origem do amigo cabeçudo e conhece Keats (Pratt).
O design de produção e os efeitos visuais são bons. No entanto, há uma série de fatos que soam tolos e inseridos aleatoriamente, sem o devido pensamento ou significado para a trama.
Não fica clara qual é a perspectiva sobre o tema, ainda mais com o uso de inteligência artificial em cenas bizarras, como a de um discurso de Bill Clinton. Acaba confuso, mas cativa pelos robôzinhos fofos e divertidos.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 21 de março de 2025, edição nº 2936