Templo religioso mais antigo da cidade sofre três furtos consecutivos
Capela de São Miguel Arcanjo, na Zona Leste, está com danos no gradil de proteção e recebeu visita do IPHAN
Localizada na Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, na Zona Leste, a Capela de São Miguel Arcanjo é considerada a mais antiga da capital paulista. Erguida em 1560 pelo padre José de Anchieta, com o objetivo de evangelizar os indígenas guaianases, e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 1938, o templo religioso atualmente sofre com a insegurança na região.
Neste ano, a capela foi vítima de três furtos, dois deles entre os meses de março e abril. Foram levados fios de internet e telefone, microondas da área administrativa, além de danos nas ferragens da porta lateral do patrimônio histórico e no gradil que o cerca.
Por conta dos ataques, o IPHAN abriu três processos administrativos para realizar análise técnica, e visitou o templo no dia 19 de abril. O órgão identificou ausência de câmeras de segurança e vigias no local e acionou, juntamente com os representantes eclesiásticos, ronda regular na praça, reforço na iluminação e o conserto emergencial do gradil.
Com as solicitações, o policiamento foi intensificado na região da capela, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). A pasta também informou que o 22º DP, em São Miguel Paulista, investiga os furtos.
Já a Subprefeitura de São Miguel ainda irá recompor os gradis danificados e quebrados no fundo da capela e restabelecer um ponto da rede de iluminação que segue com defeito. O gradil, porém, está vulnerável desde o ano passado, quando chegou a ser soldado em algumas partes, segundo a secretaria da Capela de São Miguel Arcanjo.
O IPHAN informou que irá realizar uma nova vistoria no bem tombado para averiguar as medidas adotadas.