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Edifício Sampaio Moreira: o primeiro arranha-céu da cidade

O prédio chegou a ser o mais alto da capital, mas perdeu o posto com a construção do Martinelli

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 dez 2018, 06h01 - Publicado em 21 dez 2018, 06h00
O prédio: salas comerciais com vista para o Anhangabaú (Mario Rodrigues/Veja SP)
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O projeto era ousado para aquele início dos anos 20: um prédio com doze andares, bem diferente das edificações de até quatro pavimentos, o padrão da época. Inaugurado em 1924, na rua Líbero Badaró, o Sampaio Moreira foi o primeiro arranha-céu da cidade. Cinco anos depois, perdeu o posto de mais alto com a construção do edifício Martinelli. O empreendimento havia sido encomendado pelo empresário José Sampaio Moreira ao arquiteto Christiano Stockler.

O estilo é considerado eclético, com referências ao neoclássico e ao art nouveau. “Era bastante sofisticado”, diz Mariana rolim, diretora do Departamento do Patrimônio Histórico. “As áreas comuns foram muito ornamentadas, como a porta de ferro na entrada, com detalhes florais, e a escadaria de mármore”, completa. Em cada andar havia cerca de quinze pequenas salas comerciais, com aproximadamente 15 metros quadrados cada uma, que podiam ser interligadas por portas.

Fachada do Edifício Sampaio Moreira, na Rua Libero Badaró, no centro da cidade..jpg
O prédio: salas comerciais com vista para o Anhangabaú (Mario Rodrigues/Veja SP)

Com viés comercial, o prédio tinha como público-alvo os autônomos, entre eles advogados, dentistas e arquitetos — Stockler alugava o 5º andar, o único mantido como original depois da restauração iniciada em 2012. O térreo também é o endereço da centenária mercearia Casa Godinho, que se mudou para lá nos anos 20. Tombado em 1992, por estar dentro da área do Vale do Anhangabaú, e desapropriado pela prefeitura em 2010, o local passou a ser sede da Secretaria de Cultura do município no último mês de setembro, quando se tornou objeto de investigação do Ministério Público.

A denúncia pedia o auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Segundo a pasta, a situação foi regularizada em outubro com a entrega do documento, válido até abril de 2019, data do fim da reforma, orçada em 2,4 milhões de reais. “Depois, conseguiremos o permanente”, diz o secretário André Sturm. No projeto, foram feitas as adequações às regras atuais de segurança, como a criação de rotas de fuga, instalação de hidrantes e a modernização dos sistemas dos elevadores, que continuam com o jeitão sofisticado, com suas portas pantográficas, paredes bordô e detalhes em dourado.

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