15 razões que fizeram de Kid Vinil um herói do rock nacional
O corpo do artista, morto na sexta, 19, está sendo velado neste sábado na Asselmbleia Legislativa
Na sexta, 19 de maio, o mundo da música perdeu um de seus mais queridos e curiosos expoentes. Antônio Carlos Senefonte, o Kid Vinil, faleceu após mais de um mês internado, depois de passar mal durante um show em Minas Gerais, no dia 16 de abril.
Cantor, compositor, produtor, jornalista, apresentador de TV e rádio, escritor e crítico musical, Kid sempre teve seu nome ligado ao cenário da música, principalmente paulistana. Foi vocalista do grupo Verminose no início dos anos 80, rebatizado depois para Magazine. Com esse conjunto, emplacou os sucessos Sou Boy e Tic Tic Nervoso. Passou pela TV Cultura, onde apresentou o Som Pop. Depois, teve um programa nos bons tempos da MTV brasileira. No decorrer da carreira, liderou mais duas bandas: Kid Vinil e os Herois do Brasil e Kid Vinil Xperience.
Sua biografia é intitulada “O Herói do Brasil”, fazendo referência a uma de suas bandas. Relembre a seguir alguns de seus feitos e curiosidades de sua trajetória:
• Se interessou por música desde os 8 anos de idade, quando começou a pesquisar detalhes sobre as que mais gostava.
• Foi apresentador de diversos programas de rádio, inclusive na lendária Excelsior AM, e também na 89FM.
• O apelido foi bolado por ele mesmo e pelo produtor Pena Schmidt. Tem origem nos nomes do empresário do The Clash (Kosmo Vinyl) e de um locutor da BBC (Kid Jensen). O apelido foi criado quando ele começou a apresentar o programa na Excelsior AM, no final dos anos 70.
• Apresentou um programa na TV Cultura que era basicamente uma disputa entre colégios, mas, sob sua batuta, a atração passou a mostrar bandas independentes que se tornaram importantes no cenário musical brasileiro, como Inocentes, Golpe de Estado, 365 e Ratos de Porão.
• Apresentou a última fase do Som Pop na TV Cultura e fez do programa uma verdadeira aula sobre música, apresentando e cada edição uma história completa sobre o tema abordado.
• Foi VJ da MTV, apresentando um programa com rock alternativo e lados B numa emissora essencialmente comercial, que só tocava pop e sucessos do rádio.
• Precursor do punk rock no Brasil, alcançou o sucesso com uma banda New Wave, o Magazine, mas nunca abandonou a cena underground.
• Publicou o livro “Almanaque do Rock”, contando toda a história do fenômeno musical dos anos 50 até os dias de hoje.
• Era chamado pelos amigos de Jedi, pela sua grande sabedoria e conhecimento enciclopédico no que diz respeito ao mundo da música.
• Produtor respeitado, trabalhou com pequenas bandas de rock e punk. Fez também um disco do Tom Zé, álbum que foi considerado depois um dos 10 melhores daquele ano pelo New York Times. Outro trabalho importante envolveu a produção de um disco da violeira caipira Helena Meirelles, reconhecida mundialmente.
• Caetano Veloso ligou para ele, e pediu que o Kid gravasse uma de suas músicas. “Comeu” era essa música, e acabou virando tema de novela na Globo.
• Teve sua biografia autorizada lançada em livro em 2015, escrita pelo jornalista Ricardo Gozzi e pelo músico Duca Belintani.
• Além de tudo, também era DJ e, frequentemente, embalava festas temáticas dos anos 70 e 80.
• Era um cara super modesto e sempre muito atencioso com todos, amigos ou fãs.
• Era chamado de “professor” pelo João Gordo.
Relembre os dois maiores sucessos de sua carreira:
Sou Boy
https://youtu.be/rZN0fb3-mrM
Tic Tic Nervoso
https://youtu.be/YqoiFCCeFcY