Notas Etílicas - Por Saulo Yassuda

Por Saulo Yassuda

O jornalista Saulo Yassuda cobre cultura e gastronomia. Faz críticas de bares na Vejinha há dez anos. Dá pitacos sobre vinhos, destilados e outros assuntos

COMER E BEBER

Bráz Elettrica, antes de estilo fast food, se transforma em pizza-bar

A matriz, em Pinheiros, foi reformada, ganhou serviço de mesa, bar de coquetéis e DJs. Leia a crítica

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17 abr 2025, 06h00

Saíram de cena as bancadas para um lanche rápido, o caixa e as geladeiras estilo supermercado. Na nova fase da Bráz Elettrica, o público encontra mesas de restaurante, garçons atendendo o público — mesmo que, ainda, de forma um pouco atrapalhada — e um bar, instalado onde se situava o forno elétrico, deslocado para o piso de cima.

Da bancada, além de coquetéis, emana a música das quintas-feiras, quando DJs se postam e deixam a animada trilha de jazz e MPB ainda mais potente. Desde fevereiro, essa é a cara da matriz em Pinheiros, que após uma reforma abandona o estilo fast food e assume a faceta pizza-bar.

Concebida como uma versão expressa da pizzaria Bráz em 2017, a marca passou por uma expansão acelerada, mas o modelo foi se esgotando — três casas fecharam e restaram quatro, e todas devem também passar pelo “retrofit” (a próxima será a da região da Rua Augusta).

Razão de ser do lugar, as pizzas continuam em tamanho individual e de massa leve, para serem comidas com as mãos. Aparecem coberturas antigas, mas também novos sabores criados sob a consultoria de sempre, do americano Anthony Falco, caso do ragù (R$ 59,00), de molho de tomate, muçarela, ragu de carne, salame nduja, Catupiry, farofinha de pão e queijo tulha, tudo em quantidade sem mais nem menos.

O cardápio ganhou ainda mais sugestões para petiscar, como a burrata cremosa (R$ 58,00), junto de pãozinho de massa de pizza e molho de tomate, e as mary’s meatballs (R$ 49,00), macias almôndegas ao molho e parmesão, que os atendentes juram que são diferentes das que foram servidas no passado. Só ignore os garlic knots (R$ 24,00 a porção), pãezinhos meio encruados no meio numa poça de manteiga de alho derretida salpicados de parmesão, difíceis de encarar.

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Do balcão, saem bons drinques sem firulas como a aperol margarita (tequila, aperol e limão-siciliano; R$ 42,00). A oferta líquida é completada com cervejas e vinhos — fique atento: há uma carta envelopada no cardápio, que vem na forma de capa de disco.