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Alessandra Rodrigues - Nutrição e Bem-Estar

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‘Lac free’: os riscos e benefícios de uma dieta sem lactose

“Se nem bezerros mamam na vida adulta, por que você deve continuar a ingerir leite?” Simples! Porque você não é um ruminante, mas sim um humano, que tem necessidades diferentes de um bezerro. Porque você é capaz de produzir lactase, enzima responsável pela digestão da lactose! + Vegetarianos: como ter uma alimentação balanceada O que […]

Por VEJA SP
Atualizado em 26 fev 2017, 22h16 - Publicado em 8 abr 2014, 10h54
Milch einschenken (Divulgação/Acervo Dedoc)
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leite

(Foto: FoodCollection/Latinstock)

“Se nem bezerros mamam na vida adulta, por que você deve continuar a ingerir leite?”

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Simples! Porque você não é um ruminante, mas sim um humano, que tem necessidades diferentes de um bezerro. Porque você é capaz de produzir lactase, enzima responsável pela digestão da lactose!

+ Vegetarianos: como ter uma alimentação balanceada

O que me assusta, é que a comparação homem x bezerro parte às vezes de profissionais renomados, mas que não parecem se recordar de conceitos básicos de fisiologia!

Sim, concordo que com o tempo o nosso organismo reduz a produção de lactase, mas isso ocorre não apenas com a lactase, mas com todas as nossas enzimas. Por esse motivo, a digestão de pacientes idosos é mais lenta.

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Ao excluir a lactose da sua alimentação, a chance de você efetivamente se tornar intolerante é grande, pois o organismo reduzirá ainda mais a produção de enzimas responsáveis pela digestão da lactose. Sem contar que muitas vezes os sintomas de distensão abdominal e má digestão estão relacionados à uma disbiose (desequilíbrio entre bactérias boas e ruins do intestino), o que favorece o crescimento de bactérias ruins e aumenta a fermentação.

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Essa disbiose tem como causa diversos fatores, entre eles o consumo excessivo de alimentos industrializados, o que implica em muito corante, conservante e acidulantes entrando em nosso corpo.

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Vale ressaltar que, hoje, produtos lácteos disponíveis em nosso mercado são sobrecarregados nesses itens, logo, ao retira-los da alimentação, ocorre uma melhora grande destes sintomas: distensão abdominal, mau funcionamento intestinal, má digestão. Mas isso não quer dizer que a lactose seja responsável por isso!

Sou a favor, em casos de pacientes com queixas gástricas importantes, testar a exclusão de lácteos por um período curto e, após reequilibrar a flora intestinal, reintroduzir gradativamente estes alimentos — nunca mantê-los excluídos por períodos longos!

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Ao excluir leite e derivados por períodos prolongados da alimentação, excluímos também nossa principal e melhor fonte de cálcio, nutriente importante não apenas para saúde óssea, mas também para contração muscular, sendo que sua deficiência pode estar relacionada a obesidade  e câimbras, além do enfraquecimento dos ossos em diferentes graus — osteopenia e osteoporose.

Verduras verdes escuras são fontes de cálcio, mas não na mesma quantidade e nem com a mesma biodisponibilidade que o cálcio presente nos derivados lácteos.

Por isso antes de aderir totalmente à dieta ‘lac free’, consulte um profissional capacitado e avalie os riscos e benefícios dessa alteração do seu cardápio. Em muitos casos, a exclusão parcial de alguns alimentos pode ser suficiente para a melhora de sintomas gástricos e o uso de um probiótico (bactérias boas) pode ajudar na digestão dos lácteos!

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