Entenda as diferenças entre os tipos de adoçante e saiba quais usar no seu dia a dia
Mesmo com o número de informações presentes na internet, uma dúvida sempre aflige os pacientes que chegam ao meu consultório: pode ou não pode usar adoçante? A minha resposta é que pode sim. Vale o aviso: estudei muito e consultei uma série de fontes confiáveis como o FDA (Food and Drug Administration), o JECFA (Joint Expert Committee […]
Mesmo com o número de informações presentes na internet, uma dúvida sempre aflige os pacientes que chegam ao meu consultório: pode ou não pode usar adoçante?
A minha resposta é que pode sim. Vale o aviso: estudei muito e consultei uma série de fontes confiáveis como o FDA (Food and Drug Administration), o JECFA (Joint Expert Committee on Food Additivies) e a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Baseadas nas informações desses órgãos, montei um resumo dos principais adoçantes comercializados e usados pela industria brasileira. Confira:
Sacarina
É normalmente usada em associação com o ciclamato e adoça 300 vezes mais que o açúcar. É estável em altas temperaturas — ou seja, pode ser usada no preparo de doces sem problemas. A sacarina não é metabolizada pelo organismo, mas sim ingerida e excretada da mesma forma, sem sofrer alterações. Sua contra indicação é apenas para grávidas pois a sacarina é capaz de atravessar a placenta.
Dose máxima recomendada: 15 mg/kg/dia
Ciclamato
Adoça 40 vezes mais que o açúcar. Sua associação ao câncer já foi bem desmistificada por diversos estudos. Ele pode ser utilizado exceto por gravidas pois, assim como a sacarina, não existem dados suficientes que garantam sua segurança.
Dose máxima recomendada: 11mg/kg/dia
Aspartame
O aspartame tem 4 kcal/g, adoçando 200 vezes mais que o açúcar. Por perder o sabor quando aquecido a mais de 100°C, não é indicado para ser usado em preparações culinárias. Não existe contraindicação para seu uso em gestantes ou crianças, seu uso é apenas contra indicado para pacientes com fenilcetonúria.
Dose máxima recomendada: 40mg/kg/dia
Sucralose
É uma molécula de açúcar com substituição de três grupos de hidrogênio-oxigênio da sua molécula por três átomos de cloro. O resultado é um adoçante com sabor de açúcar, mas sem calorias. Por resistir à altas temperaturas é excelente para uso culinário. Ela adoça 600 vezes mais que o açúcar. Pode ser usada tranquilamente por grávidas e crianças. Lembrando que o uso para crianças deve sempre ser uma indicação de um nutricionista ou médico.
Dose máxima recomendada: 15mg/kg/dia
Stévia
Tem um sabor bastante amargo e por isso não é aceito por todos os paladares. Adoça 300 vezes mais que o açúcar e tem uma potencial ação reguladora da glicemia e hipertensão. Seu uso em grávidas não esta bem estudado e por isso NÃO é indicado. Para aqueles que defendem o stévia como uma opção natural, saiba que o esteveosideo é extraído da planta por processo químico em laboratório e recebe aditivos químicos que são seus transportadores ou seja não é tão natural quanto se vende.
Dose máxima recomendada: 4mg/kg/dia
Acessulfame
Rapidamente absorvido e excretado. Não apresenta alterações glicêmicas e não é metabolizado. Pode ser consumido por grávidas de acordo com regulamentação de órgãos internacionais e nacionais.
Dose máxima recomendada: 15mg/kg/dia
Qual usar fica a critério do consumidor? Cada um tem o seu paladar, mas na minha opinião,eles devem ser consumidos em ciclos por conterem químicos — ou seja, um mês consuma aspartame, no mês seguinte consuma sucralose, etc… Independente do tipo, nada de esguichar o adoçante: use o bom sendo e moderação!