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Alessandra Rodrigues - Nutrição e Bem-Estar

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Sucos verdes

Ele está na moda: é raro encontrar alguém que não o inclua em seu dia ou que tenha usado ao menos uma vez essa bebida que tem um apelo de ser o milagre para o corpo! Não existe uma regra nem mesmo uma definição para suco verde na literatura, o suco pode ser adaptado de […]

Por VEJA SP
Atualizado em 26 fev 2017, 22h36 - Publicado em 5 mar 2014, 11h39
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(Foto: Andre Nazareth)

Ele está na moda: é raro encontrar alguém que não o inclua em seu dia ou que tenha usado ao menos uma vez essa bebida que tem um apelo de ser o milagre para o corpo!

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Não existe uma regra nem mesmo uma definição para suco verde na literatura, o suco pode ser adaptado de acordo com as necessidades do paciente, uma vez que determinados alimentos fornecem mais ou menos nutrientes, mas de uma maneira geral pode-se recomendar a seguinte composição:

• Vegetais (um tipo): as verde-escuras (couve, espinafre, rúcula, agrião, salsinha) são ótimas opções por trazerem antioxidantes, ferro, cálcio, magnésio, além de fibras fundamentais para o bom funcionamento do organismo.

• Frutas (um tipo): fontes de diversas vitaminas, minerais e antioxidantes, as frutas são alimentos importantes, mas vale lembrar que são fontes de frutose e o consumo excessivo de frutose esta relacionado a obesidade. Alguns estudos indicam que o consumo excessivo de frutose exerce efeito lipogênico, ou seja, induz a síntese de lipídios e está associado com os componentes da síndrome metabólica, como resistência à insulina, circunferência da cintura elevada, dislipidemia e hipertensão

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A frutose não esta apenas nas frutas mas também no mel e na água de coco. Como vantagem, contava o fato desta ter menor índice glicêmico que a glicose. Mas estudos atuais mostram que o excesso de frutose é capaz de gerar distúrbios metabólicos, principalmente os aumentos da resistência à insulina e triacilglicerois (TG) hepáticos e, por esse motivo, não se indica mais o consumo livre deste nutriente. Logo, cuidado redobrado com excesso de frutas, ainda mais na forma de sucos, onde a porção utilizada costuma ser superior a recomendada quando se come estas.

• Legumes (até dois tipos): o pepino, aipo, cenoura, beterraba, abobora são boas opções, fontes de fibras, antioxidantes, vitaminas e minerais.

• Brotos ( um tipo): são apontados como aliados da digestão e da limpeza do organismo facilitando a excreção de toxinas, mas nenhum grande estudo conseguiu comprar tal efeito. A recomendação encontrada é que se utilize brotos germinados, pois tornam as vitaminas e os minerais mais biodisponíveis — mas sem grande respaldo científico.

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• Sementes (um  a dois tipos): a de linhaça e a de chia são boas opções por serem fontes de gorduras boas, magnésio e fibras. Outras comumente utilizadas, a farinha de coco ou maracujá ou banana verde são boas opções e têm alguns estudos que correlacionam o consumo destas a melhoras no colesterol e triglicérides, além de promoverem maior saciedade. Já quinua e amaranto, apesar das ótimas vantagens nutricionais, tem um valor calórico maior agregado, por isso o uso deve ser moderado.

+ Receita de suco verde

O suco verde pode ser usado tanto por atletas como por pessoas que buscam melhorar o controle  de algumas patologias, como diabéticos, dislipidemicos ou hipertensos. Para atletas, por exemplo, é possível montar uma composição para aumentar a reposição hidroeletrolitica. É possível montar versões voltadas para dietas de perda de peso onde o foco é saciedade, para pacientes constipados, pacientes com dislipidemias, etc…

De acordo com a sua composição, o uso tem um objetivo, mas no geral todos eles fornecem nutrientes antioxidantes e fibras, muita fibra, o que aumenta o poder de saciedade. Cabe aqui uma ressalva: opte sempre por prepara-los no liquidificador e não em centrifugas — sim você leu certo! O liquidificador, de acordo com estudos, preserva melhor as fibras, logo esse suco terá maior teor de fibras e melhor controle para glicemia dos pacientes e melhora da saciedade.

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Alguns sucos podem, sim, ter efeito diurético, pois hidratam o organismo, podem também ter efeito anti-constipante, por fornecer mais fibras ao organismo. Mas, claro, o consumo deve ser moderado pois, independente do tipo, todos têm um determinado valor calórico agregado e este deve ser computado ao consumo diário, em especial para aqueles que buscam controle de peso.

+ Comer & Beber: onde tomar o suco verde em São Paulo

Não existe melhor horário para tomar esse suco. Isso depende do objetivo, mas nenhum estudo comprova que seja melhor em jejum ou não. Eu costumo dizer que o melhor horário é aquele em que o paciente vai conseguir tomar, e normalmente o horário que os pacientes mais lembram de ingerir é pela manhã cedo!

Mas vale ressaltar sempre: suco verde de verdade é verde, ou seja, a base de legumes e verduras com, no máximo, uma fruta. Não adianta carregar nas frutas pois aí teremos um suco de frutas, e não verde!

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