‘Black Machine’ traz novas interpretações de Hamlet e Ofélia
Numa espécie de delírio, a montagem mistura manifesto e performance
A partir de quinta (20), quando é celebrado o Dia da Consciência Negra, o Itaú Cultural recebe o espetáculo Black Machine, após passagens pelos palcos da Casa do Povo e da Casa Farofa.
Com idealização de Fernando Lufer, direção geral de Eugênio Lima e dramaturgia de Dione Carlos (que também assina Ruth & Léa), a peça promove o encontro de Hamlet, personagem-título do clássico de William Shakespeare, com a Ofélia criada pelo alemão Heiner Muller em Hamlet Machine, de 1977.
Interpretados por Lufer e Marina Esteves, respectivamente, os personagens se enfrentam, se provocam e se reinventam, num “debate de gênero com pitadas de melodrama”, nas palavras dos encenadores, levantando questões como raça, masculinidade tóxica, dor e desejo.
Hamlet e Ofélia são recriados como personagens pós-coloniais: ele, influenciado por Fanon, Basquiat, Césaire e Mano Brown; ela, por Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro e Erykah Badu. Numa espécie de delírio, a montagem mistura manifesto e performance (80min). 12 anos.
Itaú Cultural. Avenida Paulista, 149, ☎ 2168-1777. → Qui. a sáb., 20h. Dom. e feriados, 19h. Grátis. até 14/12. reservas de ingressos em itaucultural.org.br.
Publicado em VEJA São Paulo de 14 de outubro de 2025, edição nº 2970.
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