Aluguel em São Paulo tem maior valorização desde 2020, aponta pesquisa
Mesmo com preços mais altos, índice do QuintoAndar aponta que há cada vez mais abertura para negociação
O mercado imobiliário de locação em São Paulo registrou, pela primeira vez desde 2020, uma alta no terceiro trimestre, o que reforça a retomada definitiva do mercado após as oscilações do período da pandemia e sua recuperação. Os dados são do Índice QuintoAndar de Aluguel. Neste mês, os bairros Vila Olímpia, Vila Madalena e Moema bateram recorde de preço em toda a série histórica
Em comparação com o segundo trimestre do ano, o preço dos aluguéis subiu 2% entre os meses de julho e setembro – alta de 16% em relação ao mesmo período em 2021. Até então, segundo o indicador, o desempenho no terceiro trimestre era marcado por quedas no preço dos imóveis.
Em 2020, ano em que a pandemia de Covid-19 impactou mais a economia, a queda registrada foi de 5,2% em comparação ao segundo trimestre daquele ano. Em 2021, quando o mercado já começava a esboçar recuperação, houve uma certa estabilização dos preços, com ligeira queda de 1,1% em comparação com abril, maio e junho daquele ano.
Os números reforçam, ainda, o cenário de aquecimento do mercado imobiliário na capital. Em 12 meses, o valor médio do metro quadrado subiu 16,9%. Somente neste ano, o preço médio dos novos aluguéis subiu 12,2%. Em setembro, o preço médio do aluguel na capital paulista atingiu R$ 41,01, no 13º mês consecutivo de alta. É o maior valor do metro quadrado da série histórica do indicador, iniciada em 2019.
Também é o período mais longo de altas consecutivas. Segundo Thiago Reis, gerente de dados do QuintoAndar, o aumento dos preços em geral tem se refletido no mercado imobiliário, num momento de aquecimento da demanda. Imóveis localizados em regiões com acesso fácil ao transporte público e próximas de onde há mais ofertas de emprego têm feito com que o indicador cresça nos últimos meses. Em setembro, em comparação com agosto, houve valorização dos apartamentos de um (1,5%) e dois quartos (1,%) e três quartos (1%).
Apesar do aumento dos preços no momento de assinar o contrato, os consumidores ainda têm encontrado espaço para negociação. Dados do índice mostram que a diferença entre o preço do anúncio e do contrato cresceu pelo quarto mês consecutivo, atingindo diferença de 10,1%.
Bairros + valorizados no trimestre
1. Água Fria – 19,6%
2. Vila Nova Conceição – 17,4%
3. Jaguaré – 15,8%
4. Real Parque – 12,4%
5. Higienópolis – 11,7%
6. Jardim Marajoara – 11,7%
7. Vila Formosa – 11,5%
8. Vila Carrão – 11,0%
9. Morumbi – 10,7%
10. Vila Madalena – 8,9%