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As histórias mais impressionantes do livro da noiva secreta de Senna

Vejinha revela em primeira mão trechos da obra que será lançada nesta quinta (28) pela empresária Adriane Yamin; ela namorou durante quatro anos com o ídolo

Por Ana Carolina Soares
Atualizado em 28 nov 2019, 12h57 - Publicado em 28 nov 2019, 10h46
 (Reprodução/Veja SP)
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Nesta quinta (28), a empresária Adriane Yamin, 50, lançará a obra Minha Garota, que conta sobre seus quatro anos ao lado de Ayrton Senna, morto em um trágico acidente durante uma corrida na Itália em 1994.

De família conservadora, Adriane é filha do empresário Amilcar Yamin, que criou as duchas Corona. Quando o romance começou, ela tinha 15 anos e Senna, 24. O título do livro se refere à expressão que o piloto usava para chamar sua namorada, menor de idade. Vejinha teve acesso em primeira mão às 603 páginas que relembram a história. Para contar sobre seu relacionamento a sua maneira, sem qualquer interferência, Adriane decidiu lançar seu livro de forma independente.  É uma tiragem inicial de 1 000 cópias, com preço entre 98 e 198 reais, a edição para colecionadores.

A obra também cita a biografia escrita por Ernesto Rodrigues, dizendo que o ex-piloto estava para terminar o romance com Adriane Galisteu, após escutar uma conversa romântica entre ela e o ex-namorado. Senna havia conversado com o pai e pensava em voltar para sua primeira Adriane, a Yamin, “Se Senna não tivesse morrido, acho que a gente teria voltado e estaríamos juntos”, acredita a autora de Minha Garota.

Abaixo, algumas lembranças impactantes.

Preocupação com os boatos de homossexualidade:

Adriane conta que no começo do namoro, sentia-se insegura em relação às viagens de Senna. “Quando o Beco partia, eu não sabia se ele voltaria para mim. Também não entendia o que estava acontecendo entre nós e imaginava que ele poderia facilmente se esquecer de mim ou me substituir por outra pessoa. Mas ele voltava! Viajava novamente e voltava”, narra.

Mas certo dia, ele chamou a namorada para uma conversa séria. “Dri, tem uma coisa que preciso falar com você e acho que não vai gostar, mas eu tenho que contar porque eu quero uma posição sua sobre o que vou propor. O fato é que tá dando muito problema essa história do Júnior me acompanhar nas corridas, essa história não para. Só que isso está incomodando demais o meu pai! (…) Meu pai sugeriu que contratássemos alguma mulher, uma modelo, para aparecer ao meu lado, uma modelo, para aparecer ao meu lado por alguns GPS para parar com esse bafafá”.

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Ela era menor de idade, de família conservadora e seus pais não queriam que ela fosse exposta. Por isso, segundo Adriane, o namoro se mantinha secreto. À contragosto, ela topou o acordo.

A primeira vez:

Quando Adriane completou 18 anos, Senna fez uma proposta ao encontrá-la em São Paulo. “Drica, eu fiquei muito mal depois daquele dia que nos despedimos. Percebi que te deixei muito chateada, eu não tive a intenção de te magoar (…) De algum tempo para cá, quando eu saio com outras, já não vejo graça (…) É óbvio que me satisfaz como homem, mas está incompleto.”

Adriane entendeu “o recado” e concordou com Senna. “Não vai acontecer nada que você não queira”, explicou ao levá-la a uma suíte no Studio A, na Freguesia do Ó, um dos mais renomados motéis na época. A garota ficou tensa desde a entrada, ao mostrar o RG. “Que perigo! Esse pessoal sabe quem você é e tem meu nome! E se isso vazar”, ponderou. Mas o então piloto contou sobre a confidencialidade desses estabelecimentos.

Para relaxar, tomaram um Keep Cooler de pêssego, mas Adriane lembra que continuava tensa. “Drica San, vem cá perto de mim, vamos com calma, na hora que você quiser que eu pare, é só dizer.” Senna, então tomou a dianteira e a despiu. Com o ídolo, Adriane deu seu primeiro beijo, a descoberta das preliminares e também perdeu a virgindade. A primeira vez, narra, foi bem dolorida. “Depois, descansamos um pouco e ele quis novamente, A cada nova investida, me era mais prazerosa (…) Porém, na quinta investida, ultrapassei o meu limite. Ele se segurava para me dar prazer até que eu pedi para que deixasse acontecer porque estava doendo demais. Eu estava mais do que pronta para aquele momento, mas não esperava que fosse ficar machucada.”

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A questão da virgindade:

No dia seguinte à “primeira vez”, Senna ficou frio. “No dia seguinte, acordei na expectativa de receber flores. Pensei que as gentilezas dele comigo, tão intensas e frequentes, seriam ainda maiores agora, depois do que tinha acontecido entre nós. Só que não foi bem assim.” Adriane conta que, mesmo dolorida, foi ao colégio. Normalmente, Senna que a procurava, ligando, mas era três da tarde e nada do “boy” telefonar. Ansiosa, ela tomou a iniciativa do telefonema, mas ele se mostrou indiferente. Dias mais tarde, Adriane soube o por que do comportamento ausente de Senna. Como ela não havia sangrado na primeira vez, ele achou que sua garota não era virgem. Adriane, claro, ficou extremamente ofendida.

Ciúmes:

Certa vez, Senna pegou uma herpes sexualmente transmissível e responsabilizou Adriane. Ela foi ao médico, fez exames e constatou que não tinha nenhum problema. Os dois marcaram um jantar para a “DR”. E Adriane escolheu o La Tamboille, há décadas um dos restaurantes mais badalados da cidade. Na mesa, a garota falou: “Eu não tenho nada, mas estou curiosa. Por que achou que justo eu tivesse te passado isso? Se é sexualmente transmissível e eu só estive com você na vida! Já você, rodando tanto tempo o mundo, transando com um bando de fulanas…”. Senna retrucou dizendo que a doença havia aparecido duas vezes desde que estavam juntos. E, no final, ainda ficou bravo com Adriane, desconfiado, querendo saber quem a havia apresentado o La Tamboille.

Fim do namoro:

Quando Adriane tinha 19 anos, Senna a procurou em casa, pedindo um tempo. “Eu não estou muito bem, ando meio confuso, tem coisas que não estão me agradando, eu acho que você não tem maturidade ainda para casar…”, disse à namorada. “Quando você percebeu que eu sou imatura? Isso é de agora ou desde meus quinze anos”, respondeu Adriane. Ela ficou furiosa, porque havia pouco tempo, foi flagrada por um paparazzo na Europa, o namoro havia ganhado manchetes e ela, perdido sua privacidade. Adriane ficou arrasada, porque durante todo o relacionamento, Senna havia planejado e prometido se casar com ela.

Namoro com Xuxa:

Semanas após o término, Adriane soube pelos jornais que seu ex havia engatado um romance com Xuxa. No livro, Adriane coloca um depoimento de Reginaldo Leme, em que cutuca o affair com a “rainha dos baixinhos”: “O término do namoro da Adriane e do Ayrton, eu enxerguei como um deslumbramento nítido dele. Naquele programa da Xuxa, desculpa eu falar, mas para mim, foi um desrespeito à história dele com a Adriane, não gostei nem um pouco (…) Criou-se um relacionamento, não necessariamente um namoro.”

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Senna, sem proteção xamânica:

Adriane era amiga de Adelino, um profissional que havia curado Senna de um problema na coluna na década de 80. Ele também era uma espécie de “xamã”. Quando soube do término, Adelino revelou que havia feito um trabalho de proteção para o então piloto e para ela. Adelino rasgou o papel que simbolizava esse “trabalho”. “Depois do que ele fez com você, ele está por conta dele!” Tempos depois, Senna sofreu o acidente fatal.

Contato sobrenatural:

O livro termina com uma espécie de “contato sobrenatural”. Um amigo de Senna liga para Adriane, dizendo: “A única coisa que ele se arrependeu na vida, foi ter feito o que fez com você.” Dias depois, Adriane conta ter sentido a presença de Senna. “Por umas três vezes naquele ano, quando eu estava na fazenda, senti o cheiro do perfume do Ayrton no ar (…) A primeira vez, achei que fosse impressão; na segunda, eu tinha acabado de sair do banho e ao sentir aquele perfume forte me assustei; e a terceira foi no corredor da fazenda, próximo da porta de entrada, que senti seu perfume.” Assustada, Adriane chamou sua mãe e ela sentiu também o odor. Na semana seguinte, mandaram rezar uma missa em São Paulo em intenção à alma de Senna. “Depois disso, eu nunca mais senti o perfume dele no ar”, finaliza Adriane suas lembranças.

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