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Tudo Sobre Cinema

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3 perguntas para Porchat, Gentilli, Gagliasso, Nero, Rita Lee e mais…

Uma das boas coisas da minha profissão é poder entrevistar atores e diretores. Não sei exatamente com quantas pessoas eu falei em 2013, mas foram muitas. Alguns depoimentos saíram apenas na revista imprensa; outros, postei aqui no blog. Para quem não leu as entrevistas na íntegra, resolvi fazer uma compilação com apenas três perguntas.  Fábio […]

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 26 fev 2017, 23h06 - Publicado em 27 dez 2013, 12h00
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Uma das boas coisas da minha profissão é poder entrevistar atores e diretores. Não sei exatamente com quantas pessoas eu falei em 2013, mas foram muitas. Alguns depoimentos saíram apenas na revista imprensa; outros, postei aqui no blog. Para quem não leu as entrevistas na íntegra, resolvi fazer uma compilação com apenas três perguntas.

 Fábio Porchat

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 O que mudou na sua vida financeira depois do sucesso? Foi tudo de uma tacada só: Porta dos Fundos, o seriado A Grande Família, o filme Vai que Dá Certo e a primeira temporada de Meu Passado me Condena. Como eu só trabalho, eu nem gasto meu rico dinheirinho.

 Mas o que você comprou depois de ganhar muita grana? Não sou ligado em carros nem em roupas. Eu gosto de viajar. Já fui para o Marrocos, Egito, Camboja, Vietnã… Meu objetivo na vida é viajar para onde eu quiser. Vou passar o Ano Novo na Tanzânia, Quênia e Ruanda.

 Comerciais, TV, cinema, teatro e internet… Você não tem medo da superexposição? Não vejo nenhum problema enquanto for trabalho. Porta dos Fundos é o canal de internet mais acessado do mundo. Vai que Dá Certo e O Concurso foram muito bem de bilheteria. No teatro, todas as sessões da minha peça, Fora do Normal, em São Paulo, estão lotadas até dezembro. Se o público me prestigia, tenho de agradecer. O problema da superexposição é quando começam a sair notícias do tipo “Fábio sai de motel com Panicat” ou “Fábio briga na boate com ex-Malhação”. Aí, o Fábio artista vira o Fábio celebridade. Não curto.

Danilo Gentilli

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 Quais os motivos para recusar um trabalho? Quando não vejo graça no roteiro ou acho que o filme tem cara de caça-níquel. Ou, talvez, por achar que eu não faria um bom trabalho.

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 O que te causa mau humor? Ver poucas pessoas trabalhando bem e muitas se aproveitando do trabalho delas. Outras coisas me irritam: maltratar animais, pagar Zona Azul e impostos, criação de novos cargos públicos, multa de trânsito que chega em casa…

 Você já se arrependeu de algo que disse? É claro que sim. Mas, por mais que eu não tenha me arrependido, eu peço desculpas se a outra pessoa se sentiu ofendida. Eu posso ter criado mais de 500 piadas e devo ter errado em alguma. Um dos maiores benefícios da liberdade é você ter a liberdade de errar também. Também me arrependo quando conto uma piada e ninguém ri.

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 Rita Lee

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 Quais são suas primeiras lembranças de cinema, os primeiros filmes que você viu? Meu tio era dono do cine Excelsior, em Rio Claro. Nas férias, minhas irmãs e eu passávamos dias e dias “acampadas” em frente à telona. Difícil não termos assistido a um filme dos anos 50 e 60. Eu adorava Mazzaropi e as comédias da Atlântida…e ainda as balinhas eram de graça. Sempre gostei mais de cinema do que de música.

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 Algum astro te despertou a vontade de ser cantora? Carmen Miranda, Fred Astaire, Hebe Camargo, Cely Campello, Elvis Presley…

 Qual seu filme preferido? O Dia em que a Terra Parou (Robert Wise, 1951).

Alexandre Nero

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 O que você não gosta de fazer? Depende muito. Eu tenho limite da minha vergonha própria. Se for um mico, como se vestir de galinha num programa de TV, e eu me sentir à vontade, farei com a maior dignidade. Mas se me pedem para declamar Shakespeare e eu me sentir deslocado, não há dinheiro no mundo que me convença a aceitar.

 Como é interpretar um personagem tão homofóbico como o Baltazar? O fato de ele ser assim tem a ver com a cultura brasileira, que é homofóbica, racista, machista… Qualquer preconceito é ignorância. Ignorância do ator de ignorar, de não conhecer o outro lado. Não sou do tipo de generalizar, mas imagino que muito homofóbico é gay enrustido.

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 Existe uma responsabilidade em aumentar o ibope de uma novela que está com baixos índices de audiência, como Além do Horizonte? Responsabilidade zero. Nenhuma pessoa pode salvar uma novela.

Bruno Gagliasso

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 Algum astro te fez despertar a vontade de ser ator? Marlon Brando, uma grande inspiração. É ele quem me inspira todos dias a ser um ator melhor.

 Tem algum filme preferido? Sou fanático pelo diretor John Cassavetes. Adoro todos os seus filmes, sobretudo Uma Mulher sob Influência, que é genial e desconcertante.

 E seus diretores prediletos? Cassavetes, Tarantino, Woody Allen, Almodóvar. Cada um deles tem algo a me ensinar. Dos brasileiros, Fernando Meirelles, Walter Salles e José Padilha, que são grandes realizadores do nosso cinema. Dos mais novos, vi o trabalho do Kleber Mendonça Filho (O Som ao Redor), que me impressionou bastante.

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Luciano Camargo

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 Não teve vontade de continuar no cinema depois do sucesso de 2 Filhos de Francisco? Se eu tivesse tempo, gostaria de produzir. Tem muita gente escrevendo bem no Brasil, mas faltam produtores que pensem mais no cinema brasileiro do que no retorno financeiro. O dinheiro tem de ser consequência de um trabalho e filme não é publicidade.

 Algum filme marcou sua vida? Sim, vários, mas vou dizer apenas um que, até hoje, eu assisto e me emociono. É o iraniano Filhos do Paraíso (1997).

 Quais são seus filmes preferidos? A lista é grande. Além de Filhos do Paraíso e 2 Filhos de Francisco, gosto de  Meia-Noite em Paris, Dogville, Avatar, Central do Brasil, E.T., Rocky Balboa, O Silêncio dos Inocentes, Um Estranho no Ninho, O Palhaço, Narradores de Javé, Bicho de Sete cabeças, O Senhor dos Anéis, Labirinto do Fauno, E o Vento Levou, Kill Bill, Pulp Fiction, A Pele que Habito….

Quer saber quais os dez filmes mais bem avaliados por mim na Veja São Paulo? Clique aqui

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Maria Casadevall

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 Atores ou diretores influenciaram sua carreira? Seria impossível citar todos. Chaplin como maior referência e, a partir disso, Bette Davis e o cinema da década de 40 e 50, Marlon Brando, Maria Schneider em Último Tango em Paris, Juliette Binoche em Cópia Fiel…

 E seus diretores prediletos? Chaplin, Fellini, Almodóvar e Tarantino.

 Se pudesse atuar fora do país, com quem gostaria de trabalhar? Adoraria participar das pesquisas do movimento, ainda recente, de um nicho alternativo dentro do cinema norte-americano chamado Mumblecore. Também gostaria de fazer um filme do Woody Allen ou trabalhar com o diretor Park Chan-wook, de Oldboy. A lista de atores com os quais gostaria de trabalhar não caberia aqui (risos).

René Sampaio

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 Prefere ver filmes no cinema ou em casa? No cinema, sem dúvida. Mas como tenho pouco tempo para ir ao cinema, vejo em casa. Nos últimos quatro anos, eu quase não fui ao cinema por causa do Faroeste Caboclo.

 Algum filme recente não te agradou? As Aventuras de Pi, do Ang Lee, e Além da Vida, do Clint Eastwood. Não me conectei com as histórias.

 Já saiu de alguma sessão? Sim, de Corra que a Polícia Vem Aí (1988). Eu era adolescente e estava rebelde (risos).

Tuna Dwek

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 Alguma cena especial foi marcante? A da escadaria em Encouraçado Potenkin, quando Kane pronuncia a palavra Rosebud, o desfecho de O Planeta dos Macacos, os anjos em Berlim em Asas do Desejo, e Gloria Swanson descendo a escadaria em Crepúsculo dos Deuses.

 Algum diretor que você não perde nenhum filme? Carlos Reygadas, Pedro Almodóvar, Bela Tárr, Woody Allen, Joel e Ethan Coen, Manoel de Oliveira, Lars Von Trier, Roman Polanski, James Ivory, Tsai Ming Liang, Won Kar Wai…

 Quais cinemas costumava frequentar? Na minha infância e adolescência, o Astor, Marachá, Picolino, Majestic, Coral, Bijou, Rio, Biarritz e Paulistano.

Murilo Rosa

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 O que você gosta de ouvir? Sou muito eclético. Antes de tudo, Chico Buarque, que é o maior letrista da história da MPB. Mas curto de Coldplay a Bob Dylan, de Beatles a Rolling Stones. Gosto muito da dupla Victor & Leo, assim como acho Legião Urbana a maior banda de rock da história. Vi o filme Somos Tão Jovens e achei um risco e uma vitória do Thiago Mendonça em fazer o papel do Renato Russo.

 Você já tinha alguma experiência no canto? Até então, só havia cantado no banheiro (risos). Eu sempre tive a voz afinada, mas acabei focando em trabalhos de interpretação. Me envolvi demais no filme, tanto que acabei escolhendo as músicas que meu personagem canta.

 Tem vontade de virar cantor? Enquanto ator, eu sou vários. Como cantor, seria apenas um. Não quero ser cantor, mas a experiência foi gostosa e uma portinha foi aberta. Posso, quem sabe, fazer um musical no teatro ou mesmo um show. Para começar, O CD com as músicas do filme está sendo lançado.

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