3 séries para conhecer o trabalho de Phoebe Waller-Bridge
De Fleabag, atriz faz uma participação especial em "Run", série lançada em abril de 2020 na HBO
Você possivelmente já ouviu o nome de Phoebe Waller-Bridge. A atriz, escritora, dramaturga e produtora britânica foi a grande vencedora da televisão em 2019: pela segunda parte da história de Fleabag, a artista ganhou dois Globo de Ouro — um de Melhor Atriz e outro de Melhor Série de Comédia ou Musicial — e três Emmy por seu trabalho no seríado da BBC, disponível na Amazon Prime Video.
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Com o sucesso da produção, ela conquistou um papel pra lá de carismático em Solo — Uma História Star Wars (2018) e acaba de lançar Run, nova série da HBO, onde faz uma participação especial e atua como produtora executiva. A Vejinha fez uma seleção com três trabalhos para conhecer o trabalho da britânica de 34 anos. Confira:
Run. Ex-namorados dos tempos de faculdade, Ruby (Merritt Wever) e Billy (Domhnall Gleeson) fizeram um pacto: se um deles enviasse a mensagem “corra”, e o outro respondesse em até 24 horas, eles se encontrariam em um trem partindo da Grand Central Station, em Nova York, e seguiriam por uma viagem de uma semana pelos Estados Unidos. O apelo foi mandado diversas vezes pelos ex-amantes, mas o outro nunca respondeu — até que, quinze anos depois, Ruby, dona de casa que tinha a ambição de se tornar uma grande arquiteta, resolve retribuir o SMS, largando a família na Califórnia. O que começa como uma série romântica e até cômica se transforma, aos poucos, num verdadeiro thriller que deixa o espectador vidrado em desenvolvimentos surpreendentes. Apesar da conclusão morna, a série original da HBO, lançada em abril, encontra força em seus protagonistas. Wever traz sensibilidade aos questionamentos sobre maternidade e arrependimentos da vida adulta, enquanto Gleeson confere empatia a um personagem que enfrenta as consequências de seu trabalho como coach. A química entre os dois é inegável e grande responsável pelo sucesso da curta temporada de apenas sete episódios. Os personagens são falhos e desagradáveis, mas você até chega a torcer por eles, tamanho carisma dos atores. A novidade ainda traz um escapismo em tempos de quarentena e isolamento social, ao passar por cidades como Chicago e Los Angeles em longas viagens de trem. Phoebe Waller-Bridge faz uma participação especial e também é produtora executiva do seriado, criação de sua amiga e colaboradora Vicky Jones. Uma brincadeira da dupla, inclusive, inspira o mote da produção: sempre que estão em situações nada confortáveis, elas trocam olhares e sussurram, em tom de confidência, “corra.” HBO Go.
Fleabag. Inspirada num monólogo estrelado e escrito por Phoebe Waller-Bridge, a série tem doze episódios. Sua protagonista precisa lidar com a morte da melhor amiga. Em negação, ela acaba se afastando de toda a família e termina no fundo do poço. O seriado, que deveria ter seis capítulos, ganhou uma continuação em 2019, conquistando mais espectadores — e prêmios: arrebatou quatro troféus Emmy e dois Globo de Ouro. No primeiro episódio da segunda temporada, a anti-heroína, ainda mais cínica, se reúne com parentes em um jantar que termina numa discussão, culminando em agressão física. O que se observa, então, é a redenção de uma personagem que parecia irredimível. Com atuação delicada da atriz e cuidado ao tratar de temas como saúde mental, Fleabag deve arrebatar telespectadores com diálogos rápidos e até um romance inesperado com o Padre, personagem carismático de Andrew Scott. A ganhadora do Oscar Olivia Colman também rouba a cena como uma madrasta autocentrada. Aprecie com parcimônia: a criadora garantiu que a história chegou ao fim. Amazon Prime Video.
Killing Eve. Phoebe Waller-Bridge participou como escritora só da primeira — e mais elogiada — temporada do seriado, mas ainda exerce uma grande influência na produção, que mistura comédia com drama em um roteiro rápido e sagaz. A série acompanha os passos no jogo de gato e rato estrelado por Eve Polastri (Sandra Oh), uma agente que trabalha para a inteligência britânica, e a assassina Villanelle (Jodie Comer). A relação tumultuada das protagonistas, a princípio apresentadas como adversárias, aos poucos se desenvolve para algo romântico que beira a obsessão. As interpretações de Oh e Comer são o destaque: entrosadas, elas conseguem fazer com que os espectadores se importem até com os sentimentos de uma psicopata. A produção está em sua terceira temporada nos Estados Unidos, com uma quarta parte da história da dupla encomendada. Globoplay.