Rever Disque M para Matar em 3D é uma experiência única
Estava esperando uma ótima oportunidade para falar da TV 3D que comprei no início do ano. Não estou aqui para fazer propaganda de nenhuma marca nem revelar a pechincha que paguei. Sou do tempo da TV em preto-e-branco e… sem controle remoto (!). Por isso, acompanhar as inovações tecnológicas do televisor é mexer com a […]
Estava esperando uma ótima oportunidade para falar da TV 3D que comprei no início do ano. Não estou aqui para fazer propaganda de nenhuma marca nem revelar a pechincha que paguei. Sou do tempo da TV em preto-e-branco e… sem controle remoto (!). Por isso, acompanhar as inovações tecnológicas do televisor é mexer com a minha memória afetiva, já que, desde criança, sempre fui muito ligado na telinha.
Dei essa pequena volta para situar a importância e o espaço que a TV tem no meu cotidiano. Minhas primeiras empreitadas com a TV 3D foram fantásticas. Comecei revendo Avatar, um dos melhores trabalhos em três dimensões, não à toa comandado pelo craque James Cameron; passei por A Invenção de Hugo Cabret, outro grande momento em 3D, desta vez dirigido por Martin Scorsese e, finalmente, vi uma série de documentários lançados pela distribuidora Universal. A maioria deles é ambientada no fundo do mar e, acredite, fiquei boquiaberto com a qualidade da imagem e do 3D – a sensação é a de ter um aquário a poucos palmos dos meus olhos.
Mas a oportunidade que faltava para falar da TV 3D surgiu mesmo no fim de semana quando assisti ao clássico Disque M Para Matar. Como assim, um filme de 1954 em 3D? Caros, é bom ressaltar que o 3D não é uma invenção de ontem. Na década de 50, nos primórdios da televisão (olha ela aí de novo!), o cinema precisou se modernizar para não perder a clientela. A saída foi dar à plateia algo que ela não tinha em casa: o efeito tridimensional. Algo parecido ocorreu nos últimos anos quando o 3D voltou à tona muito melhor e mais turbinado.
- Disque M para Matar: o clássico de Hitchcock ganhou versão restaurada em 3D
Ver Disque M para Matar em Blu-ray 3D é uma experiência extraordinária – a excelente qualidade da imagem em três dimensões fica melhor do que no 2D (o filme foi restaurado trazendo de voltas as cores e a nitidez de antes). Grande mestre do cinema, Hitchcock tinha uma percepção: dar profundidade ao cenário era um efeito melhor do que sair atirando objetos na cara do espectador. Talvez a única cena em que algo “salta” da tela é quando a personagem de Grace Kelly estica a mão para pegar uma tesoura (não vou mais adiante para não estragar o barato de quem nunca viu essa obra-prima). Hitchcock dizia que este era um de seus trabalhos de que menos gostava. Nunca discordei tanto do Mestre do Suspense. Para mim, está entre os dez melhores.
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