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Cultura & Lazer

Fim do Planet Hemp: BNegão e Marcelo D2 respondem três perguntas

Depois de 30 anos, Planet Hemp está colocando um ponto final na sua trajetória

Por Tomás Novaes
3 nov 2025, 08h00

Trinta anos após o lançamento do seu primeiro disco, Usuário (1995), o Planet Hemp está colocando um ponto final na sua trajetória. E a banda carioca de rock, atualmente formada por Marcelo D2 (vocal), BNegão (vocal), Formigão (baixo), Nobru (guitarra), Pedro Garcia (bateria) e Daniel Ganjaman (guitarra e teclados), decidiu fazer uma turnê derradeira, com data marcada em São Paulo para o dia 15, no Allianz Parque. Confira o papo completo a seguir:

Como chegaram à decisão de parar com a banda?

D2: O Planet é uma ideia política transformada em arte, e isso tem uma certa validade. A força da banda depende muito da vitalidade da juventude, e um projeto como esse precisava ter um final tão bonito quanto o começo. Sem deixar esvanecer. Estou há dois anos pensando nisso, tenho milhares de “poréns”, mas o projeto merece uma atenção que não conseguimos mais dar.

É uma despedida em tom de celebração?

BNegão: Encaramos como um gurufim (velório festivo da tradição afro-brasileira). Olhando para todas as loucuras, os combates, sons e ritmos, a raiva. Lá atrás ninguém imaginaria que seriam trinta anos, era sempre uma urgência, pensando no próximo show. E, depois de tudo, fizemos história no brasil, não só musicalmente, mas também politicamente. Muito orgulho.

Qual o legado que a banda deixa?

D2: O Planet Hemp está deixando o legado da coragem. Esta é nossa última chance de acender a coragem dessa geração, dizer que vale a pena. Vamos lutar e viver por uma utopia, que é melhor do que viver a distopia.