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João Lucas fala sobre turnê e haters: “Não é tão fácil, é muita terapia”

O artista paulistano usará roupas assinadas pela sua esposa, Sasha Meneghel, na série de shows que estreia em São Paulo nesta semana

Por Tomás Novaes
31 jul 2025, 11h30
João Lucas estreia turnê em São Paulo: show no Teatro Gazeta nessa sexta-feira (1)
João Lucas estreia turnê em São Paulo: show no Teatro Gazeta nessa sexta-feira (1) (Mateus Aguiar/Divulgação)
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O tempo é de recomeço para João Lucas, 26. Após lançar seu disco de estreia em novembro, o cantor e compositor paulistano começa sua primeira turnê nesta sexta-feira (1o), em São Paulo, no Teatro Gazeta.

O artista iniciou a sua trajetória musical no mundo gospel. Aos 16, passou a se apresentar em diversas igrejas pelo estado de São Paulo. Aos 18, lançou seu primeiro single autoral. E, aos 20, iniciou uma transição da música religiosa para o pop, com o sucesso De 1 até 3.

Com o álbum João Lucas (2024), ele mergulha de vez no gênero com arranjos contemporâneos, trazendo elementos eletrônicos, e letras sobre flerte e paixão. Alguns destaques do trabalho são Minuto de Saudade, Sexto Sentido e Leonina faixa dedicada a sua esposa, a estilista Sasha Meneghel, filha de Xuxa. O casal está junto desde 2020.

No palco, João estará acompanhado dos músicos Carlos Bezerra (guitarras e sintetizador), Gabriel Eubank (bateria) e Francci (baixo). Confira, a seguir, a entrevista com o artista sobre a turnê, que também passa por Belo Horizonte (9/8), Rio de Janeiro (22/8) e Curitiba (30/8).

João, me fala sobre repertório, cenografia, o que você está preparando para essa turnê?

Estou muito feliz. Temos como referência do álbum todo um universo lúdico, eu quis representar a minha infância, quando descobri a minha paixão pela arte de uma forma muito genuína. Trazemos isso na turnê também, mas em um formato diferente. Ainda trago elementos do teatro e do circo, que são grandes paixões quando era criança, eu queria ser artista circense. É um show muito teatral, bebemos muito da fonte de Bob Wilson, com referências bem gráficas e cênicas, diferente de um show pop em que as pessoas esperam luzes e pirotecnia. O show começa antes da música, quando as pessoas estão entrando, com toda uma construção de começo, meio e fim. Além de mim e da banda, conto com a presença de dois atores no palco, em cena. A indicação é livre de faixa etária, para todos os públicos, e trouxemos também a acessibilidade para a comunidade surda, com intérprete de libras. Queria muito um show em que as pessoas fossem marcadas do momento que elas pisassem no teatro até a saída. Quero viver esses próximos dias intensamente.

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A estreia será no Teatro Gazeta, em São Paulo. Foi o primeiro palco que você se apresentou na sua vida? Me conta essa história.

Sim, eu tinha 8 anos e fazia parte de uma academia de dança em que ficávamos em cartaz no final do ano. Foi ali a minha primeira performance dentro de um teatro, foram dias muito marcantes. Lembro de, quando era criança e tinha dificuldade para dormir, ao invés de contar os carneirinhos, eu lembrava daqueles dias, e aquilo esquentava o meu coração. Sem saber disso, a minha equipe sugeriu que a estreia fosse lá, porque o espaço atendia todas as nossas necessidades. Mas eu não acredito muito no acaso, penso que as coisas são orquestradas em outro plano que a gente não tem conhecimento nem controle.

Você vai começar a sua primeira turnê, mas já tem um passado na música, no meio gospel. Como aconteceu essa transição? É um recomeço?

Sinto que é um recomeço, sim. Olho para a minha trajetória e tenho muito orgulho do que vivi, a música gospel foi uma escola, na igreja você cresce em um contexto musical muito intenso e interessante, que te proporciona esse contato direto com a musicalidade, semanalmente. Lá fui aprendendo a tocar instrumentos, a cantar, a falar em público, e isso me tornou quem eu sou hoje. Mas, quando olho para para a minha carreira no pop, estou apenas começando. Trago isso dentro de mim com muito carinho e respeito pelas etapas, não me cobro na medida desse apelo popular que tem a minha vida pessoal, pelo meu relacionamento. Olhando para a música, entendo que estou construindo algo, um público, uma conexão, e a turnê é mais um passo. Vejo como um recomeço muito leve, sem culpa nem pressões, com muita liberdade criativa. Para mim, isso é essencial: a liberdade de criar sem limitações de discurso, ideologia e performance. Está sendo muito especial, um novo começo.

“Para mim, isso é essencial: a liberdade de criar sem limitações de discurso, ideologia e performance”

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Nas redes sociais, você tem respondido os haters com humor, publicando vídeos brincando com o apelido “Sasho” e boatos sobre a baixa venda de ingressos. Como você lida com isso?

Uma coisa que aprendi, principalmente desde o meu relacionamento, é que essas pessoas vão sempre existir e comentar. É natural, porque existe o interesse, e esse também é o trabalho de algumas pessoas. Saiu uma matéria dizendo que eu estava cancelando shows e que a turnê era um fracasso de vendas, o que é uma mentira. Eu não cancelei o show de Fortaleza por esse motivo, foi por conta da logística. Ficou financeiramente inviável levar o show de São Paulo para Fortaleza, e não acho justo fazer um formato diferente, reduzido. Prefiro levar quando puder ser da mesma grandeza. Mas, assim como o apelido “Sasho” ou qualquer coisa que busca diminuir ou trazer insegurança, eu não vejo assim. Quero sempre deixar claro que vou dar o meu melhor para três, dez, mil ou 10 000 pessoas. Isso faz parte de quem eu sou, não consigo administrar a minha entrega medindo a quantidade de público. Então, no final das contas, temos que brincar e levar com leveza, porque essas coisas não vão deixar de existir. E não falo de forma superficial, mas isso realmente não me incomoda ou me chateia, muito pelo contrário. Isso me enriquece e traz mais repertório de vida, enxergo assim. Mas não é tão fácil, é muita terapia. Levou um tempo para eu entender.

Como você vai transportar o universo visual do disco para o palco? E qual a participação criativa da Sasha nesse projeto, vocês trocam sobre isso?

O álbum é bem lúdico, e quis amadurecer esse universo para o palco. Não é um show infantil, mas traz essa leveza, de uma forma mais madura e sóbria. A Sasha tem um papel muito importante nesse processo, ela assina e desenha todos os looks que eu vou usar, produzidos pela Mondepars (a marca da estilista). E, além disso, ela participa muito, compartilho todos os processos. Mas ela ainda não assistiu o show, quero que seja surpresa. Ela trouxe elementos que eu gosto de vestir no meu dia-a-dia, somando com a Mondepars e esse universo lúdico. O álbum fala de um momento da minha vida entre 2019 a 2022, sobre as fases do amor, com referências da minha infância. Hoje estou em outra fase, nesses últimos três anos muita coisa mudou, e quero começar a inserir isso na minha arte. Estamos casados há 4 anos, juntos há 5, e nesse tempo muita coisa acontece, a gente amadurece, evolui. Quero representar essa fase que estou vivendo, então trago um pouco disso para o palco. A roupa é uma forma de se expressar, e a Sasha tem sido uma peça fundamental, não só na na minha arte, mas na minha vida, nas minhas inspirações, em tudo, a gente troca muito.

Livre. Teatro Gazeta. Avenida Paulista, 900, 3253-4102. Sex. (1o), 20h30. R$ 120,00. bileto.sympla.com.br.

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