Empresárias criam roteiros de viagens para aproximar a família
Quando pensou nas férias com a filha Sofia, de 9 anos, a carioca Michaela Dobozy, 42, não escondeu suas preferências. Acostumada a acampar pelo país e no exterior, a administradora decidiu que o próximo destino seria Alter do Chão, no Pará. Se a menina batesse o pé e pedisse uma viagem para a Disney, nos […]
Quando pensou nas férias com a filha Sofia, de 9 anos, a carioca Michaela Dobozy, 42, não escondeu suas preferências. Acostumada a acampar pelo país e no exterior, a administradora decidiu que o próximo destino seria Alter do Chão, no Pará. Se a menina batesse o pé e pedisse uma viagem para a Disney, nos Estados Unidos, ouviria uma recusa. “Ela já foi e tem vontade de voltar, mas sabe que comigo ela não vai”, diz Michaela. Para ela, não basta o cenário paradisíaco. Ela pretende esconder o celular e “desligar-se”. A Sofia também está animadíssima, diz. “Ela quer dormir na rede”.
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Pensando nesse mercado de pais interessados em se desligar dos problemas e se conectar com os filhos, as empresárias Adriana Vieira e Sandrine Fresnel criaram Leella em 2015. “Nós identificamos destinos onde podemos levar famílias para passar dias fora da cidade”, disse Adriana, paulistana que mora no Rio de Janeiro. “A gente chama a consultoria de especializada em integrar a família”.
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As amigas programam hospedagem, passeios e brincadeiras e aconselham os participantes a deixar os eletrônicos de lado. “A nossa ideia é aproximar as pessoas”, disse Sandrine. “Reforçar os vínculos familiares, sem a conotação de turismo”, complementa a paulistana. Em um ano, realizaram dois passeios, para Alter do Chão, onde foram oito pessoas, e em Juquitiba, no interior do estado, com 25 pessoas. Em julho, entre os dias 20 a 24, elas voltarão a Alter do Chão. Elas planejam outra para outubro deste ano, em Juquitiba.
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Um das pessoas que participou foi a francesa Jeanne Bourguignon, de 74 anos, que mora em São Paulo há 50 anos. Ela foi com o neto Ian, de 3 anos, para Juquitiba, por um fim de semana. O menino correu e brincou de caçar tesouros. Em uma noite, ela e os outros 20 participantes acenderam uma fogueira e queimaram papeizinhos onde escreveram suas preocupações e incômodos no círculo familiar. “Foi formidable”, disse, com forte sotaque da terra de origem.