Bar Quintal da Mooca aposta na simplicidade
Agradável casa de esquina apresenta menu de respeito e bebidas tradicionais
Não se vai à Mooca à toa. A Moooooca, belo, é um lugar, no mínimo, marcante. E um boteco em pleno bairro, chamado Bar Quintal da Mooca, nunca teria a ousadia de profanar tal virtude. Não mesmo. Por isso, Francisco Pascifal, o Chiquinho, um cearense de 29 anos, nascido em Jijoca de Jericoacoara — e ciente do peso das tradições —, apresenta em uma agradável casa de esquina um menu de respeito: as tenras moelas em molho de tomate (R$ 17,00), o mexido nordestino (R$ 41,00) muito benfeito na forma de cubos de carne de sol selados na chapa com mandioca, cebola, tomate e queijo de coalho e o caldinho de costela com macaxeira (R$ 8,90), de textura aveludada por causa da mandioca combinada ao sabor marcante da carne bovina.
Ainda na seção mastigável do cardápio se faz presente um belo steak tartare (R$ 39,90), que chega reluzente à mesa, com uma gema de ovo — e acompanhado pelo próprio Chiquinho, que teatralmente se põe a temperar aquela bonita massa de patinho. Fica delicioso. O pão preto que acompanha o prato podia ser de qualidade melhor, mas o tartare brilha por si só. Há porções inusitadas como o edamame (R$ 10,50), fava de soja verde cozida e temperada com sal grosso e kassler (bisteca de porco à moda alemã, defumada).
Para beber, dá-lhe tradição, com cerveja em garrafa de 600 mililitros e long necks, entre elas Serramalte (R$ 8,00) e Cerpa (R$ 6,50). Para arrematar, o principal: 39 rótulos de cachaça de primeiro escalão, como as mineiras Canarinha (R$ 10,90 a dose), Claudionor (R$ 9,00) e Anísio Santiago (R$ 33,00). Desse jeito, quem vai à Mooca volta.