Bares que fazem a própria cerveja ganham força na capital
Nos últimos seis meses, a cidade ganhou dois novos brewpubs
Por Nathalia Zaccaro
29 nov 2013, 16h00 • Atualizado em 20 jan 2022, 09h53
degustação de cervejas da Cervejaria Nacional (Mario Rodrigues/)
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Da decoração aos petiscos oferecidos no cardápio, passando pelo sotaque dos proprietários, a influência francesa sobre o novo bar da cidade é evidente. O nome do negócio não deixa dúvida: Les 3 Brasseurs, ou, em uma tradução livre, os três cervejeiros. A rede, originária da cidade de Lille, no norte da França, já tinha 42 lojas espalhadas pelo mundo e inaugurou seu primeiro endereço na América do Sul no último dia 22, no número 470 da Rua Jesuíno Arruda, no Itaim.
Trata-se de um brewpub. Em outras palavras, um bar que produz sua própria cerveja. No caso, cinco estilos de chope: os pilsens blonde e chopp 250, o weiss blanche, o red ale ambrée e o pale ale itaim, esse último feito em homenagem ao bairro que abriga a novidade.“Pretendo abrir ainda outras quatro casas por aqui. A próxima deve ser na Vila Madalena”, adianta Lorenzo.
Defour, um dos sócios do grupo que controla a marca. O investimento na primeira unidade girou em torno dos 7,5 milhões de reais. Para agradar à clientela paulistana, foram feitas algumas adaptações no modelo. “Na Europa, servimos a bebida a 5 graus, aqui ela só chega à mesa se estiver a 1 grau negativo”, conta Defour. O menu ganhou sugestões como mandioca frita (19 reais) e picanha no réchaud (92 reais). Defour chegou a cogitar incluir no menu a tradicional feijoada, mas desistiu.
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“Fiquei com medo de não acertar, por isso preferi servir a versão francesa do prato, o cassoulet”, explica. Outros botecos daqui, como o bar., em Pinheiros, vendem bebidas com seus rótulos, mas elas são fabricadas por produtores terceirizados — ou seja, estão longe de ser um brewpub. A vinda para cá da rede francesa reforça agora o circuito do negócio na metrópole. Até a metade deste ano, o único estabelecimento do gênero por aqui era a Cervejaria Nacional, instalada desde 2011 em Pinheiros.
Em setembro, ganhou a companhia do imponente Karavelle, nos Jardins. O espaço, de 400 metros quadrados, serve seis tipos de geladas. “O mercado está amadurecendo cada vez mais quando o assunto é cerveja artesanal, e isso nos motivou a investir no bar”, conta Otavio da Veiga, sócio do empreendimento ao lado do empresário Dinho Diniz e do cantor Seu Jorge. Desde 2009, o trio comanda uma cervejaria com o mesmo nome em Indaiatuba, a 98 quilômetros daqui, e comercializa as bebidas da marca em mais de 100 pontos de venda na capital
ambiente do karavelle ()
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Se hoje as loiras (morenas e mulatas) geladas artesanais se tornaram um investimento atraente, a realidade não foi sempre assim. Na década de 90, alguns empresários arriscaram-se nesse formato e acabaram fechando as portas de suas casas antes que os paulistanos descobrissem a vida além da latinha. Foi o que aconteceu com a gaúcha Dado Bier. Em 1996, a marca apostou em um megapub com capacidade para 2 000 pessoas no Itaim.
O negócio começou bem, mas rapidamente entrou em declínio. “Nem o público nem a Receita Federal compreenderam bem a proposta Tínhamos de pagar tantos impostos absurdos que fomos obrigados a desistir do projeto em 2001”, lembra Eduardo Bier, dono da marca. “Penso em voltar para o mercado, agora que o cenário está bem mais promissor
Sem fome (nem sede)
Dicas de combinações entre alguns pratos e as gelada
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› Cervejaria Nacional: quem estiver a fim da saborosa feijoada (42 reais) deverá investir na encorpada cerveja sa’si (15 reais)
.› Karavelle: o polvo à provençal (69 reais) vai bemcom a versão weiss do chope da casa, que apresenta sabor condimentado (8 reais).
› Les 3 Brasseurs: o steak tartare e suas batatas fritas (39 reais) pedem um acompanhante leve.Opte pela blonde (11 reais).
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