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Conheça as peças em cartaz que têm versões cinematográficas

Veja nos palcos e no sofá da sua casa produções que brilham nos teatros paulistanos e que deixaram sua marca no cinema

Por Redação VEJINHA.COM
Atualizado em 1 jun 2017, 18h07 - Publicado em 1 out 2012, 18h05
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Boca de Ouro

 

NO TEATRO: Em caracterização inspirada, o ator Marco Ricca dá vida ao bicheiro criado por Nelson Rodrigues, privilegiando mais o lado cafajeste e menos a vilania. Nascido na pia de uma gafieira, Boca compensa o complexo de inferioridade seus dentes naturais por ouro. A vida do protagonista é contada em três versões por uma de suas amantes, Guigui (a atriz Lara Córdulla), depois do assassinato do protagonista. A direção é de Marco Antônio Braz.

NO CINEMA: Impossibilitado de filmar Vidas Secas por um período, o cineasta Nelson Pereira dos Santos aceitou o convite do ator Jesse Valadão para fazer a primeira adaptação para o cinema de uma peça de Nelson Rodrigues. Com roteiro do próprio dramaturgo, Boca de Ouro é um noir com ginga brasileira que utiliza o estilo de narrativas múltiplas com versões contraditórias do clássico japonês Rashomon, de Akira Kurosawa. Realizado em 1963, na época do Cinema Novo, o trabalho foi esnobado por sua falta de engajamento, mas hoje é cultuado como um dos melhores do cinema nacional.

Doze Homens e Uma Sentença

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NO TEATRO: Um dos melhores espetáculos em cartaz em São Paulo, a peça conta a história de uma dúzia de homens encarregados de chegar a um veredicto sobre um crime. Na montagem de Eduardo Tolentino de Araújo, o réu foi acusado de assassinar o pai e a decisão sobre sua culpabilidade precisa ser unânime. Todo o conflito começa quando um dos doze jurados opta pela dissonância e abala a convicção do grupo, até então decidido pela condenação.

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NO CINEMA: Criado para um teleteatro, o filme produzido em 1957 marcou a carreira do até então novato Sidney Lumet, que ganhou o Urso de Ouro de melhor diretor no Festival de Berlim. Doze Homens e Uma Sentença é um dos grandes clássicos do cinema e um dos papéis mais lembrados do astro, e também produtor da película, Henry Fonda, mesmo que não tenha tido muito sucesso comercial quando foi lançado. Outro que brilha no elenco é Lee J. Cobb, que trava com o personagem de Fonda uma verdadeira batalha psicológica que dá ainda mais tensão ao ambiente claustrofóbico em que o filme é ambientado.

 

Camille e Rodin

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NO TEATRO: Criado pelo autor paulistano Franz Keppler, o drama inédito traz à tona o relacionamento de 15 anos entre o escultor Auguste Rodin (1840-1917) e sua discípula Camille Claudel (1864-1943). Recém-chegada a Paris, a jovem (interpretada por Melissa Vettore) torna-se amante de Rodin (papel de Leopoldo Pacheco), mas a intuição dela e o apuro técnico dele criam um embate marcado pela competitividade. As interpretações de Pacheco e Melissa tornam-se a base da encenação calcada em detalhes reafirmados na cenografia, na iluminação e nos sutis saltos de tempo.

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NO CINEMA: Filme que fez muito sucesso no circuito alternativo, o cult Camille Claudel foca mais na pupila e amante de Rodin, que cai em desgraça por conta do romance com o mestre e acaba sendo internada em um manicômio por seu irmão, o escritor Paul Claudel, de 1914 até 1943, ano de sua morte.  Este é o trabalho mais marcante da carreira de Isabelle Adjani, que rendeu a ela um Urso de Parta de melhor atriz do Festival de Berlim em 1988. A maior divulgadora de Camille – sua sobrinha-neta Reine-Marie Paris de La Chapelle, professora e historiadora da arte, fez a direção de arte do filme de Bruno Nuytten.

 

Cabaret

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NO TEATRO: Adaptação de Miguel Falabella para espetáculo de Joe Masteroff, John Kander e Fred Ebb. Claudia Raia protagoniza o musical, ambientado em uma casa noturna de Berlim da década de 1930, a peça aborda o relacionamento da prostituta Sally Bowles com o escritor americano Cliff Bradshaw (papel de Guilherme Magon).  Belas coreografias, alguns números emocionantes e o carisma de Claudia Raia, que cria uma Sally mais irônica que depressiva, enchem os olhos do público. O grande destaque do elenco, no entanto, é o ator Jarbas Homem de Mello, ótimo como o Mestre de Cerimônias.

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NO CINEMA: Levado às telas pelo diretor e mestre dos musicais Bob Fosse em 1972, Cabaret é o maior vencedor do Oscar a não ganhar na categoria de melhor filme. Levou oito estatuetas, uma delas de melhor atriz para Liza Minelli, que estava no auge de sua carreira. O filme mostra a alienação de muitas pessoas diante do crescimento do nazismo na Alemanha dos anos 1930. A depressiva Sally Bowles canta em um cabaré e sonha em ser tornar uma estrela, mas acaba em um triângulo amoroso com Brian Roberts (Michael York) e Maximillian von Heune (Helmut Griem) que termina em tragédia.

 

Priscilla, Rainha do Deserto

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NO TEATRO: Adaptação de Flávio Marinho para peça de Stephan Elliott e Allan Scott, o musical traz três drag queens que vão, em um ônibus batizado de Priscilla, até o deserto australiano. Além de apresentarem um show, Mitzi (Luciano Andrey), Felicia (André Torquato) e Bernardette (Ruben Gabira) carregam razões pessoais para enfrentar a grande viagem.

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NO CINEMA: Cult instantâneo e inesperado dos anos 1990, Priscilla, a Rainha do Deserto, produção australiana de 1994, revelou ao grande público dois atores que fizeram sucesso posterior em Hollywood, Hugo Weaving (o Agente Smith da trilogia Matrix) e Guy Pearce (de Los Angeles, Cidade Proibida), além de revitalizar a carreira do veterano ator inglês Terence Stamp. O filme teve um profundo impacto na comunidade GLS, pois explora os estereótipos de gays, travestis e transexuais sem ridicularizá-los nem transformá-los em caricaturas. O visual colorido caiu como uma luva à estética noventista e foi um dos segredos do sucesso comercial da película.   

 

 

A Família Addams

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NO TEATRO: Adaptação de Claudio Botelho para espetáculo de Marshall Brickman, Rick Elice e Andrew Lippa. Inspirado nos quadrinhos do cartunista Charles Addams, o musical estreou na Broadway em 2010 e ganhou agora a primeira montagem internacional. Trata-se de uma diversão certa, com uma história cativante, que reúne temas como amor, fidelidade e adaptação às diferenças. Na trama, o clã liderado por Morticia (papel de Marisa) e Gomez (Boaventura, impagável) passa por um momento de crise. Vandinha (Laura Lobo) arrumou um namorado “normal” e quer marcar um jantar para apresentá-lo aos pais um tanto esquisitos.

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NO CINEMA: Estreia do diretor Barry Sonnenfeld, que depois brilhou com O Nome do Jogo e com a cinesérie Homens de Preto, o filme segue à risca o estilo da série de TV que fez sucesso na década de 1960, tanto que usa o tema musical inconfundível que ficou famoso na telinha. A comédia de humor negro protagonizada por Angelica Houston (como Morticia) e Raul Julia (como Gomez) gira em torno do plano de um advogado desonesto de usar um sósia do irmão desaparecido de Gomez, Fester (Cristopher Loyd), para roubar a fortuna dessa estranha família.

 

New York New York

NO TEATRO: Na versão teatral do filme homônimo Kiara Sasso e Juan Alba protagonizam o espetáculo ao lado de 16 atores-cantores,12 bailarinos e 14 músicos. A cantora Francine Evans (papel de Kiara) é uma determinada intérprete em busca do reconhecimento e o saxofonista Johnny Boyle (vivido por Alba), por sua vez, sente-se inseguro diante da amada.

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NO CINEMA: O filme New York New York é um dos maiores fracassos comerciais de Martin Scorsese, que dirigiu o filme em 1977, pouco depois do cult Taxi Driver. A película conta a história de Francine Evans (Liza Minelli) e Johnny Boyle (Robert De Niro), que se conhecem no dia em que termina a 2ª Guerra Mundial e têm uma tortuosa relação rumo ao sucesso que ambos buscam como parceiros musicais. As filmagens foram conturbadas, porém, o filme ainda mantém as boas qualidades do trabalho do cineasta e com o tempo foi ganhando mais respeito da crítica e do público.

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