Dez motivos para ir à mostra Mondo Tarantino
Retrospectiva do diretor de <em>Pulp Fiction</em> e <em>Django Livre</em> exibe filmes que influenciaram Quentin Tarantino, além dos longas assinados pelo cineasta
Sanguinolento, inventivo, sarcástico, ousado. Esses são apenas alguns dos adjetivos associados ao nome de Quentin Tarantino desde 1992, quando o diretor estreou nas telas com Cães de Aluguel. Duas décadas depois, o cineasta continua a influenciar jovens cineastas e formar filas nos cinemas – Django Livre, em cartaz na cidade, é um sucesso de bilheteria com cinco indicações ao Oscar, entre elas a de melhor filme do ano.
A mostra Mondo Tarantino, que começa nesta quarta (20) no Centro Cultural Banco do Brasil, explica por que o estilo do cineasta se tornou tão admirado e imitado. Clique aqui para ver a programação completa. A seguir, confira dez motivos para acompanhar a seleção preparada para o evento:
1. Assistir a todos os longas-metragens dirigidos pelo cineasta
Do conciso Cães de Aluguel (1992) ao extravagante Bastardos Inglórios (2009), a obra completa de um dos diretores mais cultuados dos anos 90 e 2000 será reexibida. A exceção é Django Livre (2012), que está em cartaz na cidade. É a chance de assistir a fitas que tiveram poucas reapresentações na cidade, como Kill Bill, vol. 2 (2004) e À Prova de Morte (2007).
2. Dar risadas com a faceta ator de Tarantino
Nem o próprio diretor leva muito a sério suas participações no elenco de filmes como Django Livre e Cães de Aluguel. Mas, antes de estrear como cineasta, ele já se arriscava no ofício de ator em curtas-metragens e até em um episódio da série As Super-Gatas, interpretando um sósia de Elvis Presley. No longa de episódios Grande Hotel, que será exibido na mostra, ele até convence como um tipo diabólico – e absolutamente irônico.
3. Ver os episódios de seriados assinados pelo diretor
Você sabia que Tarantino dirigiu um episódio especial da série Plantão Médico sobre maternidade? O capítulo, que mobilizou os fãs do diretor em 1995, está na programação da mostra. Outra pedida é o também muito comentário Perigo a Sete Palmos, capítulo especialmente mórbido do seriado C.S.I que foi ao ar em 2005.
4. Descobrir clássicos que influenciaram o cineasta
A seleção de filmes admirados por Tarantino traz títulos imperdíveis como O Grande Golpe (1956), de Stanley Kubrick, Jejum de Amor (1940), de Howard Hawks, e Taxi Driver (1976), de Martin Scorsese. Também curiosa é a lista de produções favoritas do diretor: entre elas, Jovens, Loucos e Rebeldes (1993), de Richard Linklater.
5. Rever os cultuados Cães de Aluguel e Pulp Fiction em película
Dois dos longas-metragens mais admirados dos anos 90 serão projetados em cópias 35mm. Para os fãs do diretor que viram os filmes na época em que foram lançados no circuito, as sessões terão um quê de nostalgia. Já para os mais jovens, trata-se de uma oportunidade rara de assistir às fitas no formato original, em 35mm.
6. Ouvir as trilhas sonoras saborosas de fitas como Kill Bill, vol. 1
Uma das manias mais prazerosas de Tarantino é pesquisar antigas preciosidades da soul music, do rock e do folk e apresentá-las em outro contexto. Faixas como Jungle Boogie, do Kool and the Gang, e Son of a Preacher Man, do repertório de Dusty Springfield, ganharam novo sentido quando associadas à trilha de Pulp Fiction. Vale rever todos os filmes do cineasta com ouvidos atentos a essas e outras descobertas musicais.
7. Relembrar alguns dos melhores momentos da carreira de atores como John Travolta, Bruce Willis e Pam Grier
Além de revelar músicas excelentes que estavam um tanto esquecidas, Tarantino também é um especialista em reavivar a carreira de atores que já tiveram dias melhores em Hollywood. John Travolta e Bruce Willis (em Pulp Fiction) e Pam Grier (em Jackie Brown) são alguns bons exemplos de astros que voltaram ao mercado graças ao cineasta.
8. Conferir o pouco conhecido (e ótimo) Sukiyaky Western Django, de Takashi Miike
Um dos longas raros e curiosos da mostra, o faroeste dirigido pelo japonês Takashi Miike foi feito bem antes de Django Livre, em 2007, e traz uma participação especial do próprio Tarantino, no papel do cowboy Piringo. Tal como o cineasta americano, Miike tem um estilo que combina ultraviolência e humor – e que surpreende o público a cada lançamento.
9. Ver o curta-metragem Tarantino’s Mind, com Selton Mello e Seu Jorge
Homenagem despretensiosa ao diretor, o curta de 15 minutos de duração, lançado em 2006, mostra as teorias amalucadas de dois amigos (intepretados por Selton Mello e Seu Jorge) sobre as conexões entre os filmes de Tarantino. Segundo a dupla, o diretor estaria criando um único longa no decorrer de toda a sua carreira.
10. Conhecer os filmes que inspiraram Bastardos Inglórios, Jackie Brown e Django Livre
Uma das boas ideias dos curadores da mostra foi reunir filmes que inspiraram diretamente alguns dos longas mais famosos de Tarantino, como Bastardos Inglórios (Os Bastardos Inglórios – O Expresso Blindado da S.S. Nazista, de Enzo Castellari), Jackie Brown (Foxy Brown, de Jack Hill) e Django Livre (Django, de Sergio Corbucci).