Documentário vai explorar as memórias afetivas do Rio Tietê
Trecho de 45 quilômetros é foco da produção, que entrevistou personagens que cresceram nadando e pescando no curso d'água
O Rio Tietê será tema de um documentário que deve ser lançado em 2024. A produção, chamada de Tietê: Águas Verdadeiras, ainda está em fase de gravação e vai focar em um trecho de 45 quilômetros do rio.
“Fizemos um recorte entre os municípios de Salesópolis, onde fica a nascente, Biritiba-Mirim e Mogi das Cruzes”, conta o diretor do documentário, Rodrigo Campos, 40.
O filme conta com recursos da Lei de Incentivo à Cultura de Mogi das Cruzes e vai resgatar histórias de personagens da região que se relacionaram com as águas nas últimas décadas.
O músico Victor Kinjo e o morador de Biritiba-Mirim conhecido como Zé Macumba vão navegar de barco enquanto narram para as câmeras os problemas ambientais que o rio sofre na região e compartilhar narrativas de folclore. “Falamos, por exemplo, de uma lenda indígena difundida entre os pescadores, de que uma serpente de mais de oito metros habitava o Tietê e era a guardiã do rio”, conta Campos.
A história do próprio Zé Macumba, que deu nome para várias das curvas do Tietê que ainda existem na região — ao contrário do que acontece na capital paulista, onde o rio foi canalizado — também será explorada.
“Também vamos falar de uma campeã sul-americana de natação de Mogi das Cruzes que usava o rio para praticar natação”, diz o diretor. Outras narrativas, como a história de Dona Teresinha, que cresceu no terreno onde foi descoberta a nascente do Rio Tietê, fazem parte do roteiro.
A previsão é que as filmagens terminem em março e o lançamento ocorra por volta de novembro. “Primeiro vamos inserir o documentário em festivais que tratam da temática ambiental e exibi-lo em escolas”, explica Campos.
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