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Luan Santana: “O Brasil precisa de novidades, não de imitações”

A banda britânica Coldplay foi uma das referências do astro do pop sertanejo para o novo DVD, que será gravado em parte no sábado (27) e no domingo (28), no Credicard Hall

Por Tiago Faria
Atualizado em 5 dez 2016, 16h06 - Publicado em 23 abr 2013, 20h53

Depois de Campo Grande (MS), onde nasceu, e do Rio de Janeiro, Luan Santana escolheu São Paulo para gravar o terceiro DVD da carreira. No sábado (27) e no domingo (28), ele registrará cenas do projeto no Credicard Hall, onde se apresenta.

“Vai ser uma espécie de show de transição. O palco e os cenários ainda são os mesmos da turnê anterior, mas, nas músicas que vão entrar no DVD, vamos mostrar flashes do novo espetáculo”, ele explica.

A palavra não é escolhida à toa: o cantor de 22 anos faz questão de que cada apresentação tenha algo de espetacular. No palco, por exemplo, 80 módulos de LED projetarão imagens com sincronia com a iluminação.

A novidade é que, desta vez, ele quer maior proximidade com as fãs. Só no Twitter, ele tem 4,5 milhões de seguidores – a “música de trabalho”, Te Esperando, está entre as mais baixadas no iTunes. “Vamos fazer um show intimista e grandioso ao mesmo tempo”, ele resume. Para descobrir o resultado dessa combinação, só indo comprando o ingresso.

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VEJA SÃO PAULO: Você costuma se envolver na produção dos seus shows?

LUAN SANTANA: Me envolvo em tudo, desde a luz até o resultado final… Em tudo. Produzo o show com a galera da minha banda. Sempre foi assim e sempre vai ser. O público acaba se identificando muito com isso, meu contato com os fãs é muito direto.

VEJA SÃO PAULO: Você se inspira em alguma outra banda ou artista na hora de produzir os shows?

LUAN SANTANA: Eu vejo muitas coisas de fora… Adorei o DVD novo do Coldplay, gravado num estádio. Fico pirado com essa coisa de tecnologia. O Brasil merece o que os gringos mostram lá fora. Gosto de fazer shows que tenham essa estrutura que o Brasil merece ter também.

VEJA SÃO PAULO: No CD mais recente, Quando Chega a Noite (2012), você escreveu sete músicas. O que mudou no seu lado compositor?

LUAN SANTANA: Foi uma evolução natural… No lado musical, o desafio que a gente teve no CD foi gravar músicas apaixonadas, românticas, mas que funcionassem na balada. Hoje em dia a música da balada tem que ser mais safadinha, não é? A ideia foi fazer músicas românticas para a balada.

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VEJA SÃO PAULO: É complicado gravar músicas românticas quando o que está na moda é o sertanejo de balada, de curtição?

LUAN SANTANA: Mas a curtição pode ser de várias formas. Pode ser do jeito mais safado ou numa vibe mais romântica, mais legal. Pode ser uma curtição com uma letra apaixonada, por que não?

VEJA SÃO PAULO: Você acompanha tudo o que os seus fãs escrevem na internet?

LUAN SANTANA: Tento acompanhar sempre. Eu acho a internet importante demais. No começo da carreira ela é importante para divulgar o trabalho. Depois, para manter o contato com os fãs. E meus fãs me acompanham muito, estão sempre atrás de novidades. Eles são meus termômetro em tudo. Sempre fui muito transparente com eles.

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VEJA SÃO PAULO: Você começou a carreira ainda muito cedo, quando criança. Que conselho você daria para crianças que querem ser famosas?

LUAN SANTANA: Primeiro é preciso alcançar a sua identidade. A partir do momento em que você tem certeza de que, as pessoas vão se identificar com o seu jeito de pensar. O importante é se apegar ao seu estilo, não imitar ninguém. O Brasil precisa de coisas novas, não de imitações. E acreditar em Deus, acima de tudo.

VEJA SÃO PAULO: Você consegue ver sua carreira a longo prazo? Como você se vê daqui a 30 anos?

LUAN SANTANA: Quando um artista surge, sempre fica aquela dúvida… Será que ele vai permanecer? Será que a carreira dele vai se consolidar? Graças a Deus a gente conseguiu surpreender todo mundo, estamos trabalhando para trazer uma coisa nova em cada trabalho. É por isso que, daqui a 20 anos, eu me vejo cantando.

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