Conheça 20 obras de arte espalhadas por São Paulo
Elas estão nas ruas, praças, parques e até nos cemitérios, mas poucos sabem suas histórias
Como toda grande cidade no mundo, São Paulo possui uma grande quantidade de obras de artistas espalhadas por ruas, praças, parques, estações de metrô e até cemitérios. Mas muita gente passa tão apressada por elas que nem sequer repara na beleza e no significado desses trabalhos, clássicos ou modernos, que já fazem parte da identidade da metrópole.
Alguns são até bem conhecidos, enquanto outros são solenemente ignorados. Conheça aqui vinte deles:
A Menina e o Bezerro
Local: Largo do Arouche
Bairro: Republica
Artista: Luiz Christophe
A escultura A Menina e o Bezerro enfeita os jardins do Largo do Arouche desde o início da década de 1910. Era um dos últimos vestígios bucólicos na cidade que, naquela época, já se tornava uma metrópole. Obra do escultor carioca Luiz Christophe foi encomendada pelo prefeito Raymundo Duprat para embelezar o prestigiado local, uma das vitrines da cidade.
Amizade Sírio-Libanesa
Local: Parque Dom Pedro II
Bairro: Sé
Artista: Ettore Ximenez
Apesar de seu estado de pouca preservação, o monumento de 14 metros ainda impressiona quem passa pelo Parque Dom Pedro II. O monumento foi doado pela comunidade sírio-libanesa em 1922, no centenário da Independência.
Leão Atacado
Local: Praça Buenos Aires
Bairro: Higienópolis
Artista: Fonderies D’art Du val D’cane
Inaugurada em 1912, a peça foi executada na França pela Fonderies D’Art Du Val D’Caine, a partir de uma obra original francesa, provavelmente O Leão e a Serpente, do escultor Barye, feita em 1833.
Duque de Caxias
Local: Praça Princesa Isabel
Bairro: Campos Elísios
Artista: Victor Brecheret
Este monumento em homenagem ao patrono do exército brasileiro originou a maior escultura equestre do mundo, tendo o cavalo mais de 11 metros de comprimento, equivalente ao tamanho de um ônibus, e a altura do monumento corresponde a um prédio de dez andares. Contou com a colaboração da população operária que doou um dia de salário para construção do monumento, produzido nas oficinas do Liceu de Artes e Ofícios. Em julho de 1950, foi servido um almoço para cinquenta convidados dentro da barriga do cavalo. Estavam presente o governador Ademar de Barros e autoridades da época. A obra do artista Victor Brecheret seria instalada no Largo do Paissandu, mas o artista contemplava a Praça das Bandeiras no Vale do Anhangabaú. Por fim, acabou erguida na Praça Princesa Isabel em 25 de agosto de 1960, no Dia do Soldado.
Vôo
Local: Praça da Sé
Bairro: Sé
Artista: Caciporé Torres
A escultura de metal, aparentemente inacabada, atesta o estilo de Caciporé. A obra é feita de rugosidade, alheia às soluções anatômicas e ao formalismo.
Eva
Local: Avenida Vergueiro, 1000
Bairro: Aclimação
Artista: Victor Brecheret
A escultura é a primeira de Victor Brecheret em São Paulo e é considerada uma das primeiras manifestações modernistas da cidade. Atualmente está instalada no Centro Cultural São Paulo, próximo à estação Vergueiro do Metrô. Mais tarde, o autor faria o Monumento às Bandeiras, seu trabalho mais conhecido.
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (Painel 4)
Local: Estação Metrô Marechal Deodoro
Bairro: Campos Elísios
Região: Centro
Artista: Gontran Guanaes Netto
Este painel simboliza as comemorações ao bicentenário da Revolução Francesa. Reproduz os artigos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em seu texto original. Nas laterais, rostos de pessoas do povo, associados à personalidades diversas que, em alguma época, tiveram seus direitos cerceados ou que lutaram pela plena garantia dos direitos do homem.
Mausoléu (Amadeu Zani)
Local: Jardim Cemitério da Consolação
Bairro: Consolação
Artista: Amadeo Zani
Professor do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, Zani obteve a medalha de ouro no I Salão Paulista de Belas-Artes. Autor de vários túmulos no Cemitério da Consolação, em destaque o do Conde Alexandre Siciliano (1927), imponente capela em estilo assírio-babilônico com leões, símbolos da vigilância.
In Vitro
Local: Estação Metrô Anhangabaú
Bairro: Anhangabaú
Artista: Mario Fraga
Realizada entre 1999 a 2002, a obra integra visualmente as peças à plataforma, criando planos de vidro-cor como elementos de uma construção espacial. O fundamento é a luz, sua decomposição cromática, seus reflexos, transparências e superposições no interior dos vidros. As escalas e os acordes cromáticos determinam a instalação dos comjuntos em oposições: cores frias pela manhã, quentes à noite.
Figuras Entrelaçadas
Local: Estação D. Pedro II
Bairro: Sé
Artista: Antônio Cordeiro
São dois corpos num abraço terno, carregado de sentimentos, que revelam a sensualidade contida num instante de contato físico. Os tons naturais da argila, enriquecidos pelo brilho obtido no processo de queima da peça, contribuem para a sutileza de sua composição.
A Caçadora
Local: Parque do Ibirapuera
Bairro: Vila Mariana
Artista: Lelio Coluccini
Obra encomendada pelo prefeito Francisco Prestes Maia em 1944, possui mais de três metros de altura e mostra a deusa Diana descansando de sua atividade diária de caçadora. Foi concebida pelo artista italiano Lélio Coluccini, a partir de uma estatueta de 40 centímetros.
A Roda
Local: Estação Metrô Barra Funda
Bairro: Barra Funda
Artista: Emanoel Araujo
A obra foi composta com cortes tensos, espaços vazados, luz e sombra, integrando-se diretamente ao grande mezanino da estação. A elegância e a leveza desta obra não nos fazem pensar na solidez do material com que foi produzido.
Réplica 14 Bis
Local: Praça Campo de Bagatelle
Bairro: Santana
Artista: Luiz Morrone
Localizada na Praça Campo de Bagatelle, a réplica em tamanho natural do avião foi feita em comemoração ao centenário de nascimento de Santos Dumont, em 1973. O monumento é feito de bronze e pesa cerca de três toneladas.
Voo de Xangô
Local: Estação Metrô Jardim São Paulo
Bairro: Santana
Artista: Gilberto Salvador
Para realização desta obra o artista fez uso de recursos da indústria metalúrgica. A composição das duas hastes amarelas, apoiadas sobre a esfera vermelha, dá a sensação de equilíbrio e leveza, normalmente associadas aos pássaros e a objetos voadores.
Mão
Local: Praça Memorial da América Latina
Bairro: Barra Funda
Artista: Oscar Niemeyer
Mão de protesto, espalmada, com os dedos abertos em desespero e o mapa da América Latina a correr sangue até o punho. Segundo o autor, a obra representa o suor, sangue e pobreza que marcam a história da América Latina.
Quatro Estações
Local: Estação Metrô Consolação
Bairro: Cerqueira Cesar
Artista: Tomie Ohtake
Este trabalho, tão grandioso no tema como na forma, composto por quatro painéis, instaura um delicado jogo de sinais transpondo para o subterrâneo das estações. As cores introduzidas por Tomie Ohtake têm significados sutis: o verde evocando a primavera, o amarelo vem retratar o poder do sol no vigor do verão, o azul simboliza o outono, e o inverno é representado pelo vermelho num instante de contraponto.
Aranha
Local: Parque do Ibirapuera
Bairro: Vila Mariana
Artista: Emanoel Araujo
Embora seja um emaranhado de aço carbono com dobras livres, a obra parece mesmo representar um aracnídeo gigante, graças a sua forma construtivista. A aranha foi inaugurada no Parque do Ibirapuera em maio de 1986, mas a sua concepção data de 1981. Mede 7,5 metros de altura por 4 metros de largura.
Monumento da Independência
Local: Parque da Independência
Bairro: Ipiranga
Artista: Ettore Ximenez
O monumento à Independência foi inaugurado durante os festejos do centenário da Independência do Brasil, em 1922. O grupo escultórico só foi concluído quatro anos mais tarde. Composto por várias partes que retratam os movimentos políticos e personagens que participaram do processo de independência do país, o monumento abriga ainda uma capela imperial onde estão depositados os restos mortais de Dom Pedro I.
Local: Praça Armando de Salles Oliveira
Bairro: Vila Mariana
Artista: Victor Brecheret
Uma das maiores esculturas do mundo e considerada um marco da cidade, a obra do escultor Victor Brecheret é uma homenagem aos bandeirantes paulistas que estenderam as fronteiras brasileiras e desbravaram os sertões nos séculos XVII e XVIII. A obra foi inaugurada no dia 25 de janeiro de 1953 como parte das comemorações do 399º aniversário de São Paulo.
Sem título (Alfredo Ceschiatti)
Local: Estação Metrô Sé
Bairro: Sé
Artista: Alfredo Ceschiatti
Escultura modelada em bronze, inicialmente ficou exposta no jardim interno da Estação Sé, entretanto, com a ampliação das bilheterias naquele local, a escultura foi removida para o mezanino.